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Por que estudar a Filosofia da Mente ? Mônica Aiub Filósofa Clínica São Paulo/SP Alguns pensadores defendem que a filosofia da mente é a metafísica contemporânea, ou seja, aquela que se dedica à busca dos fundamentos de nossas formas de vida. Esta é uma pergunta muito comum. Algumas respostas iniciais assemelham-se aos motivos pelos quais estudamos o cérebro. Mas mente e cérebro são a mesma coisa? O que vem a ser a mente? Não seria esse, um campo da psicologia? Ou seria um estudo próprio da medicina, em especial da psiquiatria? Ou ainda, não seria melhor abordar o problema a partir da neurociência? Mais precisamente, o problema da filosofia da mente é o problema mente-corpo. John Searle, em Mind, aponta alguns motivos pelos quais os métodos utilizados pela ciência para estudar a natureza são insuficientes para estudar o mental, entre eles: subjetividade, consciência, intencionalidade e causação mental. Podemos mapear o cérebro com tomografias, ressonâncias e outros exames,
Agendamentos Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Juiz de Fora – MG Recebemos ao longo de nossa existência uma série de agendamentos. Entenda-se agendamento como influência recebida por diversos meios e que exercem algum tipo de reação em nós, moldando o que somos. Na sociedade encontramos uma série de influências que são aceitáveis coletivamente por se tratar de conteúdos geralmente expressos por autoridades como a ciência, a psicologia, os meios de comunicação, a religião, etc. Ao nos depararmos com situações diversas do nosso cotidiano, os que tendem a querer uma explicação plausível, recorrem a essas explicações prontas. Por exemplo, uma pessoa se encontra triste e resolve ficar fechada em seu quarto por um tempo. Na primeira tentativa de explicar o que está acontecendo com essa pessoa o que comumente pode vir é o diagnóstico de depressão. Pronto! Já sabemos o que nosso amigo, parente, ou nós mesmos temos. Como se tudo fosse tão fácil de definir desse modo. O erro pare
Papel existencial ou escolha nossa de cada dia Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Televisão desligada. Que delícia! Nem novela, nem BBB. Noite quente com céu estrelado. Janela aberta para o mundo. Ar entrando no peito e reflexão sobre os papéis existenciais e as escolhas nossas de cada dia. Em nossa incrível singularidade vamos escolhendo o que fazer e o como fazer num mundo cheio de possibilidades. A ação nossa de cada dia imprime nossa marca registrada. Em cada lugar e circunstância fazemos um tipo de escolha. Somos multiplos e plurais. Capazes de diversificação e papeis diferentes. Se assim não acontecesse estaríamos engessados atrás de uma persona, máscara. Porque somos livres, seres da escolha, vamos trocando de papéis e de máscaras. Ilusoriamente pensamos que temos que apenas ter um só papel existencial em todos os lugares. Se isto acontecesse... O professor ao invés de ter o papel de pai, ou de marido, ou de amigo, seria em to
Simples assim Sandra Veroneze Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Mais do que o refrão de uma das mais famosas músicas do Cazuza poeta, ‘ideologia, quero uma pra viver’ parece ter se tornado um mantra sagrado ou grito desesperado de muitas pessoas. Qual é o sentido da vida? Pra que viver? Qual é o verdadeiro significado de tudo isso? Questões como esta acompanham as pessoas todos os dias, colocando pontos de interrogação em acontecimentos, situações, relacionamentos, coisas... Algumas pessoas encontram sentido para a própria existência no desenvolvimento profissional. Para outras, a família é o centro de tudo. Algumas ainda orbitam sua existência em volta da satisfação dos sentidos, da busca dos prazeres... As opções são tão numerosas quanto são as pessoas vivas neste planeta. Algumas pessoas, inclusive, fazem da busca de um sentido para a vida o próprio sentido da vida. E nisso não reside novidade alguma. O que seria da filosofia e da história do pensamento da humanidade, nã
Fragmentos filosóficos delirantes XXXV* "Esperar clarear, para andar no calçadão. Quando me recomendou arejar o juízo andando no calçadão, meu combativo analista me disse: "Você vai fazer uma coisa que vai mudar a sua vida." Como todo mundo, principalmente escritor, quer mudar de vida, topei. De fato mudei, agora fico bestando, esperando clarear para andar no calçadão." "Recebo uma beijoca de uma senhora encanecida, que se confessa minha fã. Emocionado, fecho os olhos e penso que foi a moça do saiote. Agradeço penhoradamente e sigo em frente glorioso." "Ao atravessar a avenida para tornar à casa, topo com Zé Rubem Fonseca, barbado e embuçado, que finge que não me vê. Deve ter ingressado na carreira de crítico literário. Ou então deve ter acatado um conselho do analista dele. Deixo-o em paz. Mais tarde telefono e digo a ele que meu computador é maior que o dele. Isso mata o bicho." "Primeiro o expediente. Dois fax ( faxes ? Pensando
Fragmentos filosóficos delirantes XXXIV* "A vida só é possível reinventada. Anda o sol pelas campinas e passeia a mão dourada pelas águas, pelas folhas... Ah! tudo bolhas que vem de fundas piscinas de ilusionismo... — mais nada. Mas a vida, a vida, a vida, a vida só é possível reinventada." "Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: — Em que espelho ficou perdida a minha face?" "Não te aflijas com a pétala que voa: também é ser, deixar de ser assim. Rosas verá, só de cinzas franzidas, mortas, intactas pelo teu jardim. Eu deixo aroma até nos meus espinhos ao longe, o vento vai falando de mim. E por perder-me é que vão me lembrando, por desfolhar-me é que não tenho fim.&quo

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