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A viagem e as conexões - A bagagem Sou eu! Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Onde coloquei minhas loucuras? Se é que um dia as tive. Nunca gostei de ser normal, estar na moda e ser cópia xerox. E este mundo seduz o tempo a sermos rebanho, no seguir a maioria. Ai... Olha o trem... Sempre tentei fugir da perfeiçāo e muitas vezes me vejo perseguindo a trilha da normopatia. Bendito Jung que dizia: O mal que eu evito me faz mal. Entāo me permito assim, a contra gosto, experimentar a ilusäo de cinderela. Tenho pensado muito , ultimamente, em romper com os modelos que fui colando em meu ego. Sinto uma vontade que vem da alma de pegar a bagagem do que Sou, simplificá- la e me permitir sair por estradas a conectar com as acontecências na alegria de acolher as imperfeições, no gozo das experimentaçōes no agora, sem planos, nem projetos, apenas Zendo. Sem máscaras vou me libertando dos pronomes possessivos. Afogando os "meus", pescando os &quo
Autogenia Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Juiz de Fora/MG Nada melhor que a mudança de lugar para contribuição de um processo autogênico. Entenda-se “autogenia” como mudança de “Estrutura de Pensamento” e relação entre os tópicos desta. Quando mudamos de lugar, os hábitos têm a possibilidade de mudar. A visão de mundo tende modificar. “O que acha de si mesmo” começa a se reformular. Mas, este é o caso de alguém que está disposto a mudar e suas condições da Estrutura de Pensamento contribuem para tal acontecimento. A quebra de paradigmas é fruto do confronto com a realidade. Muitos agendamentos são feitos ao longo do desenvolvimento e resultam em “pré-juizos” que podem gerar uma série de incômodos ao serem confrontados com a realidade. Situações novas, pessoas com as quais não convivíamos, primeiras impressões que são reconhecidas como grandes erros de interpretação. Deparando-se com o mundo novo, a Estrutura de Pensamento não consegue ser mais a mesma. Novas aventu
Crônica para os que morrem de amor Sandra Veroneze Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Se por ventura, um dia desses, encontrar a minha professora de literatura da sétima série na rua, chamarei para uma conversa bastante séria. Onde já se viu tamanha irresponsabilidade: ensinar o romantismo de maneira tão empolgada a adolescentes, que estão formando seu ideal de amor... Aprendemos que é bonito sofrer, entregar a alma ao outro, até morrer pelo outro, no melhor estilo Augusto dos Anjos. E aí se formam pessoas como eu, defasadas pelo menos 200 anos no modo de se relacionar. Brincadeiras e exageros à parte, o assunto é da maior relevância. Assim como não recebemos manual de como viver quando nascemos, também não somos educados para a vida emocional e tanto menos afetiva/amorosa. Pode ser problema da minha geração, que não dispunha de tantas ferramentas e profissionais para análises e tratamentos, mas talvez não seja. E como desconfio que nos últimos dois mil anos a humanidade não
NÃO SOU NEM QUERO SER O SEU DONO Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS História contada por um amigo. Ao chegar ao bar da moda, uma mulher logo chamou sua atenção. Aproximou-se, pediu licença para sentar ao lado dela e iniciaram uma animada conversa. Passados alguns minutos, surge um homem bastante irritado e lhe pede para se afastar, pois aquela mulher era “dele”. Sem demonstrar nervosismo, meu amigo pediu desculpas argumentando que a mulher não havia lhe dito que tinha dono, mas gostaria de saber onde fora comprada, o preço pago, quantos anos de garantia... Acredite se quiser. Contei essa história para ilustrar o sentimento de posse que, em maior ou menor intensidade, costuma aparecer nos relacionamentos. Será que o fato de carinhosamente se chamarem de meu amor, minha querida, meu namorado, minha esposa, meu fofo, vai lentamente incutindo a sensação de que “o outro é meu”
Fragmentos filosóficos delirantes XLIII* "O fogo é uma noz que não se quebra com as mãos. A voz vem do fogo, que somente cresce se arremessado. Não há como recuar depois de arder alto. Fui lançado cedo demais às cinzas" "Fazer as coisas pela metade é minha maneira de terminá-las" "A queda atalha a subida, o homem permanece uma pronúncia inacabada (..) Tantas vezes caí em teu lugar, que descobri o inferno" "Ser inteiro custa caro. Endividei-me por não me dividir. Atrás da aparência, há uma reserva de indigência, a volúpia dos restos. Parto em expedição às provas de que vivi. E escavo boletins, cartas e álbuns - o retrocesso da minha letra ao garrancho. O passado tem sentido se permanecer desorganizado. A verdade ordenada é uma mentira. O musgo envaidece as relíquias. Os dedos retiram as teias, assisto à revoada de insetos das ciladas. Fujo da claridade, refulge a poeira. O par de joelhos na imobilidade de um rochedo.

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