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Filosofia Clínica e a afetividade* A emoção constitui um riquíssimo fenômeno psíquico, examinado com especial atenção pelos estudiosos, sobretudo de perspectivas filosóficas, psicológicas e fisiológicas. Segundo a definição mais tradicional, emoção é uma forte alteração ou perturbação do estado psíquico, acompanhada de determinadas modificações somáticas – corporais – de caráter transitório, como tremores, suor, rubor ou palidez. Fonte – Encyclopaedia Britannica. Entre os exemplos de emoções temos a alegria, a angústia. Mas, na Filosofia Clínica, tais exemplos são apenas formas sem conteúdo. É na historicidade da pessoa que saberemos o que está acontecendo. Por exemplo, algumas pessoas desenvolveram as emoções ao longo da vida de modo tênue. Algumas pessoas não desenvolveram as emoções como desenvolveram a razão, o raciocínio, as buscas, os pensamentos. Isso não constitui uma patologia ou uma perda. Em Filosofia Clínica, uma manifestação como esta pode ser condizente com di
O SILÊNCIO QUE ACOLHE Sueli Vaz Calvet de Magalhães Filósofa Clínica Santos-SP Gostaria de relatar uma ida minha ao Teatro, quando a noite terminou com forte emoção e muitas reflexões. Era uma noite fresca em São Paulo, dia 26 de Fevereiro de 2011, o Teatro Tucarena. A peça, Dueto Para Um, uma adaptação de um dos textos mais conhecidos do inglês Tom Kempinski, inclusive virou filme em 1986 dirigido por Andei Konchalorsky e roteirizado pelo próprio Tom Kempinski, no Brasil foi batizado de Sede de Amar tendo a atriz Julie Andrews no papel do personagem Stephanie. Texto bem escrito, diálogos fortes, a história verídica conta a trajetória da renomada violoncelista inglesa Jacqueline Dupré, que no auge da sua carreira profissional, vê-se impedida de exercer sua vocação por adquirir uma doença degenerativa. A violoncelista vivia em Londres, concertista de renome internacional, era um dos gênios da arte interpretativa do séc. XX segundo João Carlos Martins. Casada com o pianista e ma
Aprendendo Patrícia Rossi Filósofa Clínica Juiz de Fora-MG Usar filtro solar é apenas uma das tantas coisas que precisamos aprender nessa vida. Aprender a desaprender. Aprender a respeitar, o outro e principalmente nós mesmos. Aprender a deixar de lado a vergonha: se erramos, o que os outros tem com isso? Todo mundo erra, não seremos melhores nem piores do que ninguém se isso acontecer. Aprender a nos aceitar: é somente quando isso acontece que aprendemos que umas gordurinhas a mais não vão fazer diferença na busca de um amor, no compartilhamento de uma amizade ou no prazer de uma balada com os amigos. Aprender a se respeitar, por você ser quem você é, e ter um DNA só seu que ninguém mais no mundo compartilha com você, ter orgulho por isso. Aprender que o amor se constrói com respeito ao outro, e não com imposições. Você nunca achará o par perfeito, simplesmente porque não existem pessoas perfeitas. Se nós mesmos não somos, porque procuramos isso no outro? Aprender a l
Doutor, eu ando sobre as águas!* "Se não fizesse versos Enlouqueceria. Minha saúde mental Depende da poesia.” Prado Veppo Assim se inicia uma viagem pelos arredores do recomeço, onde a palavra mais antiga se encontra com seus rituais de anúncio. Interseção entre o esboço dos primeiros traços e os símbolos originados na conversação. Nessa época as mãos e braços podiam servir para acolher, cuidar, abraçar tudo ao seu redor. Um tempo onde os dias e as noites se encontravam para passear e se alimentar dos diálogos intermináveis, tudo era bem vindo. Os passeios seguiam as madrugadas, ao jardim cabia reinventar amanhãs. Alimento vigoroso num romance do sereno com a lua. As lágrimas oferecidas pelo céu nutriam o terreno dos brotos. Nesse tempo, se sabia sem pensar: sonho e realidade aconteciam no mesmo lugar. Depois foram chegando outras razões, algumas delas encarceraram e destituíram àquelas de legalidade, jamais da legitimidade sonhadora. Nesse sentido, o exercício da
As vidinhas sob os meus auspícios Sandra Veroneze Filósofa Clínica Porto Alegre-RS De todas as alegrias que a vida já me deu e continua dando, quero falar de duas que são muito especiais. A primeira delas é o aprendizado da filosofia como algo vivencial e prático e a segunda é a ‘maternidade’ da Miara, da Pipoca e do Peppe, meus gatinhos viralatas lindos. O ponto de intersecção entre essas duas alegrias foi uma aula em que se estudou sobre a vida ‘nas’ coisas, algo diferente da vida ‘das’ coisas. Faz muito tempo atrás e convidava cada um a entender a vida como uma força superior, suprema, presente em todo o universo e que se manifesta das mais diversas formas: árvores, plantas, animais, riachos, pessoas... Desde então vejo tudo com outros olhos. Uma pedra não é apenas uma pedra. É um organismo com zilhões de possibilidades de formas que reuniu determinados elementos que lhe garantem textura, peso e composição únicos. Uma planta não é apenas uma planta. Mais complexa que a

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