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Fragmentos filosóficos delirantes LXXIX* "A própria vida, aos olhos do intelectual, é suspeita, pois nunca se dobra a uma ordem abstrata" "Ao se nomear, com excessiva precisão, aquilo que se apreende, mata-se aquilo que é nomeado. Os poetas nos tornaram atentos a tal processo" "Do momento em que há vida, há labilidade, dinamismo. A vida não se deixa enclausurar. Quando muito é possível captar-lhe os contornos, descrever-lhe a forma, levantar suas características essenciais" "O próprio do acontecimento é que ele se dá de maneira inesperada, o que torna bem difícil sua percepção por uma lógica linear, a partir de um causalismo unívoco" "(...) aquilo que introduz a um pensamento acariciante, que pouco se importa com a ilusão da verdade, que não propõe um sentido definitivo das coisas e das pessoas, mas que se empenha sempre em manter-se a caminho" "O instituinte, aquilo que periodicamente (re)nasce, nunca está em perfeita
As interseções cruzadas Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Pedro descobriu que estudou matemática, biologia, história desde os 8 anos de idade. Aos 35 sabia quase nada sobre matemática, biologia, história. O que ele mais aprendeu em seus anos de escola é que muito pouco ele aprendeu na escola. Antônia descobriu Pedro e achou que com ele poderia ter o que mais amava desde os 18 anos, ano em que perdeu o pai em um acidente de trem: uma família. Antônia amava tanto ter uma família que não se importava em casar e ter filhos para conseguir isso. Com Pedro ela construiu uma linda família, teve dois filhos. O casamento nunca foi bom, mas a família era uma beleza. Tânia, prima irmã de Antônia, “nunca se achou na vida”, conforme dizia a tia Dornelles, pessoa muito entendida na vida dos outros. Tânia precisava muito manter os vínculos com pessoas importantes que passassem em sua vida. A questão era manter necessariamente os vínculos, independente na natureza dos atilhos. Qua
E a vida continua.... Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Filosofa Clínica Juiz de Fora/MG Terminar um ano é uma graça. Crescemos e aprendemos. Amamos e sofremos. Realizamos e frustramos. Dormimos e acordamos. Colhemos tudo que plantamos. Agora na passagem do tempo Os sonhos são desenhados na alma Renovam os desejos. O reiniciar dá força, revigora. Se não tivesse novos inícios a rotina das mesmices nos embotaria. Os rituais de final de ano agem em nossa psique Pois, pensar é criar. Somos o que pensamos e escolhemos. O grande segredo é só um: Vontade determinada consciente. Colocar nossa alma na frente, nos guiando. A alma é soberana. Tudo sem exagero, com alegria Caminho do meio, do bem senso. Bom escutar nossa voz interior. As regras vindo de fora podem não ter bom eco. Filosofar auxilia a reflexão. E a cada amanhecer agradecer. E a cada anoitecer celebrar. E a vida continua... Na exata dimensão das nossas escolhas. Feliz 2012! A felicidade a gente
AMOR-PERFEITO Will Goya Filósofo Clínico, Poeta Goiânia/GO Não há nada entre o corpo e a alma, nada entre nós. Nada entre a porta e a outra metade. Somos todos janelas... O que nos separam são apenas pálpebras, que nos protegem. Segundos de ilusões a se repetirem eternamente. Tudo o que vejo no mundo é derramado em mim. Vejo-te, E o que carrego de desconhecido em ti é o que me alivia o peso de tantos. Todo o mundo não pesa mais que desenhos de nuvens sobre o telhado. O amor é uma janela que se abre, a beleza é transbordamento, Um poder de aproximação entre segredos. Quando a paixão se liberta do medo de não ser amada, A liberdade goza euforias de uma entrega sem defesas. Pedaços de música o ano inteiro E silêncios complexos como doce derretido à boca... Senti que era oportuno um novo sentimento, e aproveitei a ocasião para imaginar uma emoção diferente, de um amor sublime, nobre, doador. É assim que todo amante, creio, deveria despedir-se de sua antiga amada.
OS RISCOS DE UM NOVO ANO Ildo Meyer Médico, Filósofo Clínico Porto Alegre/RS Você gosta de correr riscos? Jogar em cassino, fazer sexo casual sem preservativo, dirigir alcoolizado, conversar com estranhos, aplicar dinheiro no mercado de ações, fumar, não realizar exames médicos de rotina... Algumas pessoas têm aversão a riscos, outras adoram, apostando até o limite da delinqüência. A maioria, entretanto, prefere ser cautelosa, sacrificando possíveis ganhos em troca de tranqüilidade. Por que alguns se protegem e outros se expõem? Talvez pelo grau de sensibilidade individual em relação a riscos e recompensas. Parece simples dividir as pessoas em dois grupos, os que jogam e os que não arriscam. Na prática não é tão fácil assim. Mesmo os mais conservadores, aqueles que avaliam todas informações disponíveis, calculam custos, benefícios e tomam decisões depois de av
O que será novo no ano novo? Pe. Flávio Sobreiro Filósofo Clínico, Poeta Cambuí/MG Será novo o ano em que mudarmos nosso olhar sobre a vida e sobre os problemas. Ao longo de nossa caminhada aprendemos a triste lição de ficarmos presos a somente um ponto de vista. Aprendemos a olhar a vida de maneira míope. O que será novo em nós começa a nascer de novos olhares que em nós se escondem. A luz de um novo tempo brilha silenciosamente nos jardins secretos que em nós habitam. Talvez o poeta consiga enxergar o que muitos desejariam. Ele contempla o silêncio das palavras e nelas descobre a essência das palavras ainda não escritas. Ele dá vida a sementes que silenciosamente dormem nos canteiros da alma. Palavras germinam como as sementes: silenciosamente. No solo em que foram sepultadas as palavras brotam sob olhares de novas possibilidades. Cada flor que nasce do silêncio é um olhar totalmente novo diante da vida. Cada esquina da alma revela o que antes nunca tínhamos visto. Cam

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