CHEGO ONDE SOU ESTRANGEIRO* Nada é tão precário quanto viver Nada quanto ser é tão passageiro É quase como gelo derreter E para o vento ser ligeiro Chego onde sou estrangeiro Um dia passas a margem De onde vens mas onde vais então Amanhã que importa que importa ontem Muda o cardo e o coração Tudo é sem rima nem perdão Passa na tua têmpora teu dedo Toca a infância como os olhos veem Baixa as lâmpadas mais cedo A noite por mais tempo nos convém É o dia claro envelhecendo As árvores são belas no outono Mas da criança o que é sucedido Eu me olho e me assombro Deste viajante desconhecido Seu rosto e seu pé desvestido Pouco a pouco te fazes silêncio Mas não rápido o bastante Para não sentires tua dessemelhança E sobre o tu-mesmo de antes Cair a poeira do tempo É demorado envelhecer enfim A areia nos foge entre os dedos É como uma água fria em torvelim É como a vergonha num crescendo Um couro duro corroendo É demorado ser um homem uma coisa É demorado
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