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Postagens

Woody Allen por ele mesmo!?*

 “Interessa-me o futuro porque é o lugar onde vou passar o resto de minha vida.” “Separei-me de minha esposa porque ela era terrivelmente infantil. Uma vez, eu estava a tomar banho na banheira, e ela afundou todos os meus barquinhos sem nenhum motivo aparente.” “O pessimista afirma que já atingimos o fundo do poço, o otimista acha que dá pra cair mais.”   “As pessoas boas dormem muito melhor à noite do que as pessoas más. Claro, durante o dia as pessoas más se divertem muito mais.”  “A liberdade é o oxigênio da alma”  “Não há vantagem em envelhecer: não se fica mais sábio e ainda se sofre com dor nas costas. Recomendo que não o façam.”  “Não despreze a masturbação - é fazer sexo com a pessoa que você mais ama.” “Noventa por cento do sucesso se baseia simplesmente em insistir.”  “Para você eu sou ateu; para Deus eu sou leal à oposição.” “Só há um tipo de amor que dura: o não correspondido.”   “Apesar de tudo, há coisas na vida piores qu

Apetite e tesão*

A mulherada facilita demais, depois reclama que os homens não querem nada sério... fala sério! Já tem um tempo que os relacionamentos são cada um por si e 'Deus' contra todos! Porque é tão fácil separar caso não der certo, não tem nem burocracia, como ambos são adultos e independentes, cada um fica com as suas coisas e era isso, civilizadamente, sem estresse, sem dramas 'desnecessários', porque pra isso tem um canal exclusivo na tevê a cabo. Já tem um tempo que não se vê mais parceria, aquela coisa de estar ao lado observando o outro trabalhar, só pela companhia... aquelas pequenas doações que se faz no dia a dia. Porque ninguém quer 'perder' o seu precioso tempo só fazendo carinho, se pode partir logo para o 'finalmente'. Já tem um tempo que não se vê mais a sensibilidade de trazer um mimo quando vai encontrar o seu 'amor', podia ser a flor roubada da vizinha, ou aquele bombom que ele ganhou no trabalho na ocasião do dia das criança

Com Quantos Tenho que Casar?*

Querida íbis: Desculpa o papel impróprio em que te escrevo; é o único que encontrei na pasta, e aqui no Café Arcada não têm papel. Mas não te importas, não? Acabo de receber a tua carta com o postal, que acho muito engraçado. Ontem foi — não é verdade? — uma coincidência engraçadíssima o facto de eu e minha irmã virmos para a Baixa exactamente ao mesmo tempo que tu. O que não teve graça foi tu desapareceres, apesar dos sinais que eu te fiz. Eu fui apenas deixar minha irmã ao Avda. Palace, para ela ir fazer umas compras e dar um passeio com a mãe e a irmã do rapaz belga que aí está. Eu saí quasi imediatamente, e esperava encontrar-te ali próximo para falarmos. Não quiseste. Tanta pressa tiveste de ir para casa de tua irmã! E, ainda por cima, quando saí do hotel, vejo a janela de casa de tua irmã armada em camarote (com cadeiras suplementares) para o espectáculo de me ver passar! Claro está que, tendo visto isto, segui o meu caminho como se ali não estivesse ninguém. Q

Sobre escrever poesias*

Escrever poesias é um ofício solitário. Mas de onde tira o poeta aquilo que escreve? De onde tira as cores para pintar suas flores? De onde tira a música para melodiar seus versinhos? O que faz o poeta ver belezas em qualquer cantinho, onde muitos nada vêem? O poeta é um solitário no seu ofício de escrever. Precisa acontecer, contudo, alguma coisa antes da escrita. Sua alma precisa ser tocada. Seu coração enternecido. Precisa ver um olhar que brilha. Escutar uma voz amável. Ouvir um sorriso infantil. Precisa sentir.... Não se comanda um poeta. Não se deve esperar nada do poeta em hora marcada. Poeta não é casa de doces e salgados para fazer encomendas. Aconteceu assim: Tinha um espelho velho que coloquei no meu jardim atrás de umas flores. Ficou lá um ano. Um dia ela me visitou. Mostrei-lhe o espelho e disse-lhe que era para as flores se olharem no espelho. Ela sorriu. Eu sorri. E a poesia nasceu: Eu tinha um espelho Muito velhinho Que coloquei no meu jardim

Sonho*

“(...) Serei todos ou ninguém.  Serei o outro Quem sabe sem saber eu sou, o que fitou Esse outro, minha vigília. E a julga, Resignado e sorridente.” Jorge Luis Borges - Sonho Depois de dormir um sono errante, Vaguear pelo inconsciente, correr o mundo, Entrar por todos os cantos da memória. Explorar o passado, o vivido, o insignificante, Em todos os lados, ser personagem e autor, Depois escrever tudo de forma mais absurda: O nexo da noite está no acordar vivo. Ver que o tempo mudou, o sonho é um trem, Desloca ao passado, se perde, o túnel é o caminho, Sem temer a censura, o outro lado é a viagem do autor, O maquinista da noite não teme o fim, Tem o controle da luz na escuridão, Seus personagens, um vasto complexo de Outros, Todos, sujeitos, uns, obra do autor a viver na onírica viagem, prova do recorte da vida que sonha, O dia, mais cedo ou mais tarde, luz dos olhos, Acenderá os filamentos da linguagem do noctívago. “... e essa regressã

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