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Matemática do Ser*

No compasso do tempo o círculo da vida se divide em partes que somam dores e multiplicam esperanças subtraem barreiras e constroem pontes nos centímetros de pequenas alegrias quilômetros são percorridos e no segundo que antecede a chegada da vitória a eternidade é memória do passado sempre presente no futuro das equações repleto de possibilidades incertas na soma final do hoje que se perde nos encontros dos segundos cronometrados no relógio da vida e no tempo de cada tempo que é o tempo que nos resta para a felicidade que se faz igual do resultado final da matemática existencial dos nossos contextos a raiz quadrada de nossas possibilidades Pe. Flávio Sobreiro Filósofo. Teólogo. Poeta. Estudante de Filosofia Clínica Cambuí/MG

O Auto-Retrato*

No retrato que me faço - traço a traço - às vezes me pinto nuvem, às vezes me pinto árvore... às vezes me pinto coisas de que nem há mais lembrança... ou coisas que não existem mas que um dia existirão... e, desta lida, em que busco - pouco a pouco - minha eterna semelhança, no final, que restará? Um desenho de criança... Corrigido por um louco! *Mário Quintana

Renascimentos*

Porque temos.... Rebeldia Natureza Sonhos Brincadeiras Transgressões... Porque temos... Coragem Determinação Porque somos queimadas Pela liberdade Criatividade e Donas de nossos narizes Celebremos A irreverência As palavras bem ditas A força viva Renascemos apesar de... *Rosângela Rossi Psicoterapeuta. Filósofa Clínica. Escritora. Juiz de Fora/MG

Vita Nuova*

Se ao mesmo gozo antigo me convidas, Com esses mesmos olhos abrasados, Mata a recordação das horas idas, Das horas que vivemos apartados! Não me fales das lágrimas perdidas, Não me fales dos beijos dissipados! Há numa vida humana cem mil vidas, Cabem num coração cem mil pecados! Amo-te! A febre, que supunhas morta, Revive. Esquece o meu passado, louca! Que importa a vida que passou? Que importa, Se inda te amo, depois de amores tantos, E inda tenho, nos olhos e na boca, Novas fontes de beijos e de prantos?! *Olavo Bilac

E foi o segundo dia....*

Às vezes o pensamento se nega a pensar. O pensamento anda devagar algumas vezes. Flutua. Se arrasta. É que na Feira do Livro tudo deve estar guardado na memória. Livreiros verdadeiros se conhecem, mesmo, na Feira do Livro. Você precisa ter uma livraria inteira na memória. Isto não me preocupa. Sei que não faz mal. Pelo contrário, faz bem. Sei, sem consulta médica, que não sofrerei de Alzheimer... Mas. às vezes, o cansaço físico e mental se juntam. E você se sente lento como uma lesma. A coisa anda a passos de tartaruga. Ou se nega a andar... Atendo uma senhora simpática. Na hora de alcançar-lhe o livro e o troco um senhor se apresenta para receber a sacola e o troco. E sai caminhando.  E a senhora continua parada a uns três metros de distância. S into-me acometido de algum erro e quase entro em desespero. Não sei se vou atrás do senhor. Ou se vou abraçar a senhora.  Olho para a senhora, ela percebe meu inocente desespero, sorri e fala: "Fique tranqui

Estão Todas as Verdades à Espera em Todas as Coisas*

Estão todas as verdades à espera em todas as coisas: não apressam o próprio nascimento nem a ele se opõem, não carecem do fórceps do obstetra, e para mim a menos significante é grande como todas. (Que pode haver de maior ou menor que um toque?) Sermões e lógicas jamais convencem o peso da noite cala bem mais fundo em minha alma. (...) *Walt Whitman

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