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Alta Tensão*

eu gosto dos venenos mais lentos dos cafés mais amargos das bebidas mais fortes e tenho apetites vorazes uns rapazes que vejo passar eu sonho os delírios mais soltos e os gestos mais loucos que há e sinto uns desejos vulgares navegar por uns mares de lá você pode me empurrar pro precipício não me importo com isso eu adoro voar. *Bruna Lombardi

As mesmas palavras*

                                                   "Em seu ser atual, as palavras, acumulando sonhos, fazem-se realidades."                                     Gaston Bachelard Uma só expressão pode conter a pluralidade indescritível de significados. Parece uma propriedade especial, essa aptidão de multiplicar-se, para acolher a diversidade existencial em cada um.  É improvável ser o dicionário de sinônimos e antônimos, o guardião de todas as possibilidades para acessar suas variáveis discursivas. O território mutante da singularidade aprecia resguardar-se na vontade subjetiva. Seu esboço, a reivindicar uma chave de leitura específica, propõe qualificar o reencontro com a fonte de onde partiu. Em todo lugar, a cada instante, existe um convite para desbravar inéditos. Mesmo o antigo dialeto, recuperado pelo novo olhar, pode ser refúgio de originais. Assim, as mesmas palavras podem ser outras palavras. O encontro da expressividade com a intenção do autor

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*

"Entra-se em Kafka como quem entra em uma gruta ou em um labirinto, e não apenas em um livro. Uma vez que começamos a lê-lo, nunca saímos totalmente dele" "Além de grande escritor, Kafka foi um leitor apaixonado. Entrava em transe com livros, e ele mesmo em seus diários faz menção a essa paixão, que é quase maior e mesmo anterior à escrita" "As obras de Kafka tem interpretações múltiplas e contraditórias. Há tantas que qualquer uma delas é possível" "(...) produziu uma obra passível de múltiplas leituras, e isso é o genial. Não há uma interpretação aceita por todos, e não haverá nunca, porque esse é o princípio da sua literatura" "(...) nunca parou de reivindicar que o insuperável do homem está em nós, ainda que permaneça obstinadamente fora do nosso alcance" (...) " Borges sempre reconheceu que a grande biblioteca da família havia sido o espaço essencial de sua juventude e adolescência" "

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*

"Escrever implica calar-se, escrever é, de certo modo, fazer-se 'silencioso como um morto', tornar-se o homem a quem se recusa a última réplica, escrever é oferecer, desde o primeiro momento, essa última réplica ao outro" "Escreve-se talvez menos para materializar uma ideia do que para esgotar uma tarefa que traz em si sua própria felicidade" "(...) atividade estruturalista: a criação ou a reflexão não são aqui 'impressão' original do mundo, mas fabricação verdadeira de um mundo que se assemelha ao primeiro, não para copiá-lo mas para o tornar inteligível" "(...) a literatura é pelo contrário a própria consciência do irreal da linguagem: a literatura mais 'verdadeira' é aquela que se sabe a mais irreal, na medida em que ela se sabe essencialmente linguagem, é aquela procura de um estado intermediário entre as coisas e as palavras (...)" "(...) a linguagem não é aqui violação de um abismo, mas espr

Um amor pra renascer*

A morte do amor não existe Sinta-me Aqui estou, ainda Neste abraço Abraço de cristal Fantasmas não existem Ajuda-me a viver Um amor que não terminou Mesmo que já não estejas... estás Não sabíamos o que tínhamos Até que nos perdemos Não vivemos em vida O amor que deveríamos viver.... *José Mayer Filósofo. Livreiro. Poeta. Estudante na Casa da Filosofia Clínica Porto Alegre/RS

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