“Tudo o que se movia nele ainda jazia em trevas, embora já sentisse o desejo de contemplar em meio à escuridão coisas que os outros não percebiam.” Robert Musil A maldição nunca vem sozinha. Vem acompanhada do verme deixado pela Vida em algum canto deste país. Nesta cidade o fenômeno do verme é que ele, midiático, como seu ar de “estuprador do espírito”, observa o cenário em ruínas desmoronar-se no esquecimento. Decadência. Diante de uma obra que foi criada para identificar como verdadeira, certos feitos, pensamentos monopolizam e naturaliza a verdade midiática de um só Dono: o verme onipresente. Por ser a excrescência da realidade, de uma sociedade que se ilude com o passado imposto, a cultura da terra nem sempre é orgânica, raiz é a invenção do poder. Um dia percebi que o silêncio do verme era sua arma para fazer com que o Outro fosse esquecido. Que o Outro morresse em seu próprio mundo, como se existisse mundos distintos, era preciso saber que um lado era nulo e, po
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