“O tempo é pensado por nós antes das partes do tempo, as relações temporais tornam possíveis os acontecimentos no tempo. É necessário, pois, correlativamente, que o sujeito não esteja situado nele para que ele possa estar presente em intenção tanto no passado como no futuro.” Merleau-Ponty Ou seja, o tempo não é mais um “dado da consciência” e que a consciência torna-se parte do tempo. O tempo ideal é o tempo que se deixa desamarrar do presente. Ele está amarrado no cais, diante do passar dos dias, o presente nunca é o mesmo porque supõe-se um futuro diante do passado que nunca deixará de ter suas marcas na parede da velha casa. Como trilhou Ponty, “Não estamos sempre tão longe de compreender o que podem ser o futuro, o passado, o presente e a passagem de um ao outro?”...Eis o emaranhado do tempo no retorno ao cais. A posição dos barcos na certa não está mais em consonância ao olhar do dia anterior, nem do segundo no passo a passo da rua que vai do cais os barc
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