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Mostrando postagens de outubro, 2010
Visões Idalina Krause Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Abertura, vão, caminho, acesso, cilada, anexo ecológico, outra dimensão, porta falsa, liberdade, rito de passagem, trecho, cenário, terror, verde paragem, fim, encontrar Alice, incógnita vita, labirinto, prisão, campina, entrada, esconderijo, saída, perdição, antes e depois, natura, casa de Hera...
S @ b e d o r i @ Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS Estamos na era da informação. Ao menos é o que dizem. Em termos práticos, o que isto significa? Temos a possibilidade de saber tudo sobre tudo e sobre todos. O homem sempre quis estar no controle e para isto precisava de informações. O máximo possível. Quanto mais dados, mais poder. Melhor ainda se estes dados fossem obtidos de forma automática e instantânea. Isto se tornou possível graças ao desenvolvimento de uma ciência, a informática, que estuda o processamento automático da informação através dos computadores. Na sequência surgiu a internet, um aglomerado mundial de computadores interligados em rede, que permite o acesso às informações e a transferência de dados, transformando-se rapidamente em uma ferramenta de busca. Basta você digitar uma ou mais palavras chave, e em alguns segundos terá a sua disposição um infinito de informações. A internet virou um hábito e praticamente acabou com as fronteiras
Poetando com Mário Quintana Márcio José de Andrade Filósofo Clínico Campinas/SP Parafraseando Brecht, há pessoas que passam pelas nossas vidas e são boas, outras são muito boas e outras melhores ainda, mas há inesquecíveis pessoas, tanto que estas não passam, ficam. Assim foi com Mário Quintana. Já conhecia o poeta de uma publicação feita pelo governo gaúcho, mas não havia ele me despertado o interesse por sua escrita, não naquele momento. Tempos depois, já desperto, recebi uma poesia dele, sobre o amor ter que se dito de forma silenciosa, quase imperceptível... Fazendo jus ao título do poema, ele me chegou em forma de bilhete, talvez fosse um alerta, ou uma ameaça: “não falo que amo, mas quero que me ames” ou um simples despertar para o outro, neste caso a outra. Que para o azar de quem me presenteava, só hoje, quando escrevo essas palavras é que percebo seu intento, e nessa brincadeira lá se vão uns 15 anos... BILHETE Se tu me amas, ama-me baixinho Não o grites de cim
Qual o lugar da Filosofia Clínica num mundo em veloz mudança? Célia Costa Ferreira Filósofa Clínica Teresina/PI Faço da janela, junto a qual estou sentada, a moldura para a paisagem que se organiza aos meus olhos, com palmeiras diversas, carregadas de frutos, ciprestes, quaresmeiras e arbustos com flores amarelas, alaranjadas; faveiras. Tudo isto tendo como fundo algumas montanhas de Petrópolis, para onde vim, fugindo da folia destes dias carnavalescos. Aqui o verde predomina e o silencio é quebrado pelo chilrear dos pássaros ao longe. Bem no alto, nuvens brancas se deslocam no anil do céu. Um pássaro pousa no galho seco de uma árvore, viva, em renovação. Este é um lugar da Filosofia no mundo em veloz mudança? Tudo parece parado. Aparentemente está, entretanto apenas a velocidade do movimento da vida está reduzida, permitindo-nos usufruir do momento para refletir. Fazendo uma análise mais acurada vamos verificar que a velocidade no microcosmo deste ecossistema é igual ou
Desejo Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Durante seis meses acompanhei Adhelia, uma mulher de quase quarenta anos, quase dois filhos, quase dois casamentos. Ela se definia assim. Ainda que no início ela estivesse confusa quanto a uma gama de fenômenos que lhe habitavam, sua confusão se aprofundou quando chegou à conclusão de que não desejava estar bem em algo, não desejava possuir uma nova casa (como afinal acabou desejando e tendo), não desejava que o filho menor resolvesse o problema com os dentes, não desejava as coisas para de algum modo ter essas coisas. Adhelia encontrou algo em si mesma que lhe chamou a atenção: ela desejava pelo próprio gosto de desejar. “Eu gosto de sentir dentro de mim a sensação de querer algo. É estimulante viver em mim quando surge o movimento de desejar. Não interessa o que estou desejando. Interessa somente o desejo. O desejar.” – disse-me ela mais de uma vez, em mais de um modo. Semelhante a alguém que aprecia ler, mais do que o co
O Fim das Certezas Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Teresópolis – RJ Heráclito com o devir, Platão com sua dialética, Aristóteles com potência e ato, Kant com os limites da razão, Kierkegaard com a angústia, Husserl com as críticas às certezas das ciências contemporâneas, e tantos outros pensadores, dos quais esses são apenas de caráter ilustrativo, mostram o limite e as incertezas diante da busca de dar um caráter absoluto ao saber humano. Filosofia é busca pelo saber. O que há de mais comum no universo filosófico é o reconhecimento de que não se está dando a certeza absoluta para suas buscas. Não há frustração por isso. Aqui a humanidade mostra uma de suas realidades mais originais, o reconhecimento da limitação. Albert Camus postula que diante do mundo, o homem vive o sentimento de absurdo quando reconhece que sua razão não pode abarcá-lo. Heidegger apresenta a angústia diante da limitação humana com a morte, como passo necessário para existir autenticamente. Sartre
Convite: Encontros Fenomenológicos (Entrada Franca) “Sempre é tempo de refletir e qualificar nosso existir, sentir e pensar. Bom fazer e encontrar amigos. Quer compartilhar conosco? Vai ser um prazer recebê-lo para uma tarde gostosa de poesia, música, filosofia, psicologia e arte. Confira os temas e as datas e se inscreva com antecedência”. Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Sociedade Brasileira de Harmonização da Bioenergia & Café Filosófico "Pensando Bem" UFJF 23 de outubro 2010: “Contribuições da fenomenologia sobre a compreensão do corpo: ao redor e com os corpos” Com Prof. Dr. Wesley Dourado – Filósofo, Coordenador do departamento de filosofia da UMESP, Faculdade Metodista de São Paulo. 20 de novembro 2010: “A Fenomenologia e o Sentido da Vida” Com Prof.Dr. José Maurício de Carvalho - Psicólogo e Filósofo Coordenador do departamento de filosofia da Universidade Federal de São João Del Rei 6 de dez
Filosofia Clínica e Cinema Márcio José de Andrade Filósofo Clínico Campinas/SP “O que caracteriza o cinema não é apenas o modo pelo qual o homem se apresenta ao aparelho, é também a maneira pela qual, graças a esse aparelho, ele representa para si o mundo que o rodeia”. Walter Benjamim O USO DO CINEMA COMO RECURSO DIDÁTICO AO ENSINO DA FILOSOFIA CLÍNICA Ao nos propormos ensinar Filosofia Clínica como terapêutica deparamo-nos com uma dificuldade que é: - Como “mostrar” a FC entre a teoria e a prática durante o processo de aprendizagem? Como transpor fatores fenomenológicos para epistemológicos? A questão a ser desenvolvida é a visualização das etapas a percorrer dentro de um delinear histórico. Os caminhos que foram percorridos pelo indivíduo até o alcance de um determinado submodo, como chegou a um tópico e qual o percurso que o descreveu. A CAVERNA DE PLATÃO Se pensarmos o cinema em uma de suas características como sendo reprodutora chegaremos a um modelo suposto
Do imbecil diário Idalina Krause Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Em volta da mesa para uma reunião formal, basta ceder mais espaço-tempo para que caia o véu do encobrimento. O ar pesa, poeira ganha densidade entre papéis farelados de torpes manuseios. A "santa" surge, "reta", "pura", kantiana em seus universais legais. Forma tentacular que com dedos ágeis puxam brasas para seu assado. Retórica mínima, ultrapassada pelo imbecil diário de uma vidinha sem graça. Dejetos pululam entre "pensares" categóricos que buscam um fim proveitoso. Uma pequena arquitetura pobre de um jogo de damas: "preciso comer tuas pedras!!". "Se possível fico com o tabuleiro"... Papiza de venerações próprias e um mínimo clero, dada a pequenos desatinos quando não pode conter sua maldade. Espuma pelos cantos da boca, bílis fabricada em um corpo deformado pela falta de paixão. Dores dilaceram este espírito que se trai na vagância dos dias. Mai
Coisas que significam outras coisas Beto Colombo Filósofo Clínico Criciúma/SC Na colina tinha uma bica d’água onde agricultores serviam-se dela e saciavam a sede. Então, uma gruta de pedra foi erguida e dentro dela uma imagem da Santa colocada, agora aquela água virou água benta e milagrosa. Será que verdadeiramente ela é milagrosa? Tomo um copo d’água, a água mata a minha sede. Não me pergunto se a água é verdadeira, ela apenas é cristalina, fria... O fogo é o fogo e ele significa apenas fogo, significa a si mesmo. Ele aquece, ele ilumina, ele queima. Perguntar se ele é verdadeiro não faz sentido. Assim como a flor é uma flor, o máximo que posso perguntar é se ela é perfumada, se ela é bela... Aquela água da torneira clorificada torna-se benta se colocada num cântaro no altar da gruta, assim como a flor pode ser uma confissão de amor ou até uma afirmação de saudade, se jogada sobre uma sepultura. O fogo torna-se símbolo sagrado nas velas dos altares e nas piras olímpicas.
Adeus Gaiarsa* Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Nossa! Quanta perda em tão pouco tempo. Hoje faz uma semana que meu pai partiu e um dos meus mestres também resolve ir embora. Haja coração! Com ele aprendi muito sobre couraças, bionergia, muito da psicologia corporal e renascimento. Recebia sempre em primeira mão seus novos livros. Foram anos de aprendizagem e reflexāo. Aprendizagem e prática. Grande mestre. Pudemos fazer aqui em Juiz de Fora uma homenagem de gratidão à ele. Que bom! Onde há vida há morte. E a morte de um mestre como Gaiarsa deixa não apenas tristeza e falta, mas a responsabilidade de preservar seu trabalho. Sinto muita gratidão pelo mestre, amigo, terapeuta que deixa sua marca em todos aqueles que acompanharam suas idéias revolucionárias e libertárias. Nem sei, agora o que escrever. São tantas boas memórias desde do dia em que o conheci, que nem sei por onde começar. Uma coisa é certa. Ele viveu intensa e livremen
Consulta Pré-operatória e Filosofia Clinica* Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS A medicina no Brasil ainda é muito mais curativa do que preventiva. Pacientes costumam procurar o médico quando estão doentes e não quando estão saudáveis visando prevenir alguma moléstia. A saúde para alguns, é considerada um valor, mas para a grande maioria, só é lembrada no momento em que foi perdida. Partindo desta premissa, pode-se sugerir que as pessoas procuram os médicos não por desejo e sim por necessidade. A necessidade da cura é o que leva um paciente a procurar ajuda na medicina curativa, classificando assim, teoricamente, a medicina em uma categoria de serviços não desejados e sim, necessários. Quem se submete a uma cirurgia, o faz por necessidade e não por um simples desejo. Poderíamos citar como exceção, cirurgias estéticas, porém mesmo nestas situações, o paciente submete-se à cirurgia por sentir que este procedimento é necessário para seu embelezamento, pois pod
Ser Filósofo Clínico* "Então me senti como um observador dos céus. Quando um novo planeta desliza para o seu campo de vista; ou como o resoluto Cortês, quando com olhos de águia, contemplou o Pacífico e todos os seus homens entreolharam-se com um alucinado presságio (...)." John Keats O exercício clínico do Filósofo acontece em contextos de imprecisão e descoberta. Inexistem fórmulas prontas, verdades, aconselhamentos, receitas, testes ou orientações pré-determinadas. As dinâmicas de acolhimento e atenção com a vida desdobram-se no mundo como representação da pessoa. Um processo inicial de abertura anuncia a terapia. Ponto de encontro aos desdobramentos do papel existencial cuidador. A fundamentação teórica é conseqüência aproximada de 2.500 anos de Filosofia. A fundamentação prática descortina-se nos eventos de consultório. Propor uma leitura direta dos clássicos e tentar encontrar ali Filosofia Clínica, pode ser tarefa árdua. Esse trabalho foi feito por outro médico
Filosofia... Terapias... Filosofia Clínica! Ana Maria Frota Filósofa Clínica Teresina/PI “Quem é capaz de ver o todo é filósofo; quem não, não”. (Platão) A filosofia visa a ampliar constantemente a compreensão da realidade, objetivando apreendê-la na sua inteireza, portanto, filosofar implica em raciocinar, meditar, discutir argumentar questões diversas relacionadas às vivências e aos comportamentos do homem. Pois, a maneira como o homem se comporta, age, tem a ver com um grupo de fatores internos e externos que lhe são inerentes, tais como: sua visão de mundo, sua razão, suas emoções, suas verdades, seus valores, suas experiências, seus hábitos e etc., ou seja, conforme sua filosofia de vida. “A alma nos ordena conhecer aquele que nos adverte: ‘Conhece-te a ti mesmo’.” (Sócrates) Para Sócrates o homem é a sua alma. Ele entendia a alma como a consciência – atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade, daí, a sua celebre máxima “conhece-te a ti
O corpo fala? Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Em uma palestra que realizei na Faculdade de Goiatuba, em Goiás, para professores e alunos de Enfermagem, tratamos de alguns aspectos sobre o corpo, tal qual o entendemos pelas dimensões médicas; cabeça, tronco, membros. O corpo, em seus ritmos, desejos, necessidades, propensões, e uma série de elementos, pode estar ligado preponderantemente à sociedade dos homens. Neste caso, pode ter como espelho o que esta sociedade lhe diz para ser e estar. Alguns corpos aprenderam as regras sociais e coerentemente mostram o que a sociedade quer que mostre. O corpo pede, adoece, envelhece e morre muitas vezes programado por um relógio social ao qual segue com a sabedoria da obediência. Em tais casos, desentendimentos entre o que o corpo vive e as emoções, as buscas, os valores da pessoa costumam ocorrer. Mas há corpos cujos vínculos profundos dizem respeito aos pensamentos, muito mais do que elementos sociais que lhes possam afe
Ócios necessários Idalina Krause Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Para depois de amanhã: Rever os planos Acabar de cicatrizar feridas Ver o que sobrou da tempestade Dos cacos fazer um mosaico Colados com lágrimas - expiação Sete cores disponho Uma lua entre estrelas Um mapa Navego novo mar Ondas de criação Corpo dolorido Uma gargalhada Ventos equatoriais Claridade Sem exatidão
Amigo da sabedoria, amigo do partilhante. Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Teresópolis-RJ “[...] a relação filósofo-partilhante é uma relação essencialmente de amizade. Cabe ao filósofo ter os cuidados de somente aceitar como partilhante alguém que em sua existência ocuparia de certo modo um tal lugar, reservado à amizade.” (Lúcio Packter, Caderno A, p. 4-5). Há 2500 anos foram denominados filósofos os que buscavam compreender o mundo, o homem, a vida, a existência, o ser, o todo, e tantas outras questões comuns à investigação humana. Mas, estes não foram considerados os “sábios”. Sábio, em sentido lato, é aquele compreendido como quem conhece, quem está a par do necessário a ser conhecido. Filósofo é o “amigo da sabedoria”. Ser amigo é admirar, conviver, pensar, gostar, mas não abarcá-lo em sua totalidade. Portanto, o filósofo é aquele que tem ciência de sua limitação em relação ao objeto de sua busca e que, mesmo assim, se lança na pesquisa. Lúcio Packter postula um
Há um caminho Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/RS Há um caminho Processo E ele precisa de um coração Pulsação Cada passo tem seu compasso De vida viva Instante sagrado Há um caminho Escolha Somos livres para caminhar Por onde quisermos Conscientes Independentemente No agora-Aqui Há um caminhante Eu e Tu Não importa a meta Peregrinos a decifrar Os enigmas do grande mistério Que é viver Cada minuto é sagrado Por isto é bom não esquecer Que não podemos complicar Pois o tempo passa e passa e passa Rápido E um caminho é apenas O caminho.
Convite: Palestra com o Filósofo Clínico e Professor Bruno Packter dia 14/10/2010. Tema: “Filosofia Clínica: corpo e mente” O evento acontece nesta quinta-feira (dia 14), às 19h30 nas Livrarias Catarinense. Entrada gratuita. Local: Livrarias Catarinense no Beiramar Shopping (Piso Joaquina, lojas 247 e 248) Endereço: Rua Bocaiúva nº. 2468 – Centro – Florianópolis Informações e inscrições pelo fone: (48) 3271-6030 Atenciosamente, Coordenação
Filosofia Clinica e Medicina Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS Quando uma pessoa apresenta determinado sintoma (dor abdominal, tontura, enxaqueca, febre, etc), geralmente é submetida a uma investigação composta de história clínica, exame físico e, quando necessário, exames laboratoriais. Em determinadas situações, nada de concreto é encontrado, a não ser a queixa do paciente. Prossegue-se então na busca de alguma patologia, passando-se a uma nova etapa: realização de exames mais sofisticados(ressonância magnética, cintilografia, endoscopia, cateterismo cardíaco, etc). Duas situações podem se apresentar após investigações exaustivas: encontra-se a causa da sintomatologia apresentada e parte-se para o tratamento, ou os exames continuam dentro da normalidade ou levemente alterados sem apresentarem relação direta com as queixas do paciente. O que fazer nestas situações? Alguns médicos partem para uma nova bateria de exames ainda mais sofisticados, outros passa

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