Certas cores, cabelos
que esvoaçam no tempo,
mistura cheiros e sons,
açafrão no tilintar do outono,
Tinta que borda a pele,
marca a alma, o frio se aproxima.
Ilumina partes do
corpo, o tom certo, é como a luz,
Atravessa fendas,
melodias espalham, clarão que dança,
Como melodia na luz
assombradas de pensamento.
Dedico meu tempo a teus
cabelos, a poética imortal,
Mesmo que não crês no
Nada, a cabeleira brilha,
O tempo não apaga os
versos, o tempo esquece o presente.
Como o barco de
Debussy, eleva a dor diante da música,
Em perdidas matemática
antes do sol do meio-dia,
Fios voam mar dentro de
luz, fonte da vida, os cabelos em direção à margem,
Morre no horizonte o
que oculta.
*Prof. Dr.Luis Antonio
Paim Gomes
Filósofo. Editor. Livre
Pensador
Porto Alegre/RS
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