Caminho pela vida como quem caminha lenta e
Suavemente numa estrada de terra,
Ouvindo o silêncio quente da tarde ensolarada
Meus pés estão descalços...
Sinto o calor duro do chão ao caminhar
Minha pele se embriaga de calor dourado
Não quero mais ser existente
Já nem lembro mais como é Ser...
Não existe mais passado nem futuro. Eu só estou.
E me aqueço no momento de estar só.
O que sou eu nunca sei...
Neste instante todos os momentos da minha vida estão comigo
E os vejo novamente como quem tivesse um filme nos olhos,
De repente o capim na beira da estrada, ressequido pelo sol,
Não é mais do que as minhas lembranças que ficaram estáticas dentro dos meus olhos.
Sons palpáveis fazem eco para onde olho.
E sou toda a eternidade da vida.
*Helena Monteiro
Poeta, estudante de filosofia clínica
Petrópolis/RJ
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