Então você não gosta de
sexo? E de você, você gosta?
Há ainda muita
controvérsia sobre o sexo ser ou não uma necessidade básica fisiológica, estar
inserido no mundo do homem como algo sem o qual ele não pode viver ou algo como
uma alternativa que o homem inventa para reproduzir a espécie ou justificar a
união com outro ser ou ainda, sobre o sexo ser fonte de alegria, paz, saúde e
coisas desse tipo.
Você está vivendo o seu
tempo ou está em algum lugar do passado ou do futuro?
Você escolhe o que,
como fazer para sua vida ser mais tranquila, sorridente, pacífica e integrada
aos outros seres humanos? O que você escolhe como fonte de equilíbrio para
você?
Há quem possa não
gostar de sexo? Claro que sim, contudo antes há de se pensar se esta é mesmo
uma primeira verdade para o indivíduo que afirma que o sexo não é necessário ou
algo do qual se deva gostar.
Pessoas que não gostam
de si mesmas, do próprio corpo, com auto estima muito rebaixada, costumam
arranjar desculpas para não interagir em sexo. Maldizem e diminuem sua
importância para justificar passar sem.
Outros, comungados
desonestamente, aqueles que partilham seu tempo de vida com parceiros cujo
propósito da união é escuso ou interesseiro, costumam inventar maneiras de
adiar, despistar e até mesmo negar a possibilidade de fazer sexo com o outro.
Arranjam milhões de tarefas, ocupações, dores e tudo o que há para passar sem.
Tem os muito novos,
coitados, na flor do tesão, com espinhas brotando de todo o canto da mente e
dos hormônios endoidecidos, indefinidos, que por cultura, influencia doméstica
ou religiosa, quando não conseguem compartilhar em sexo com alguém, ainda se
proíbem a auto satisfação. Arranjam um monte de planos para o futuro, pecados
absurdos, um cansaço sem fim, para passar sem.
Existem ainda os
velhos, cujos corpos mal cuidados ou mal fadados, proíbem o sexo onde a vida
deveria ser mais tranquila e propícia a ele. Onde a vida toda cumprida, deveria
permitir prazeres além de toda obrigação imposta no seu caminhar. Arranjam
atividades de toda ordem para enganar o tempo que ainda lhes falta viver, para
passar sem.
Neste “hall”, não
podemos esquecer os temerosos de se envolver, os covardes em amar que preferem
se abster, os aflitos em não adoecer, embrenhados em cavernas escuras negando a
luz que traria muito mais claridade que seus livros, pílulas de falsa alegria,
viagens, orações vazias a preencher um vazio a aumentar a distância do encontro
com outro sexo. Arranjam todo tipo de peripécias para passar sem.
Hoje existe ainda, a
tal moda de se ver mais em espírito que em carne, todos completamente
encarnados, enervados à flor da pele pretendendo quase ocupar o lugar do
espírito mais elevado que a terra já conheceu em toda sua invenção contra a
acepção da morte e respiram, inspiram quase todo ar do mundo, entram em
processo de quase vacuidade, para não dividir sua carne com outra carne.
Arranjam misticamente todo tipo de desfaçatez, para viver sem.
Mas o pior de todos é o
mentiroso, do qual eu não preciso nada dizer.
Pessoas vivem se
abastecendo de recursos materiais de toda ordem para garantir a vida e até a
morte.
Céus!
Não estou me lembrando
aqui, agora, de nenhum filme – deve até existir algum, é claro – cujo enredo
não proponha em algum momento dentro da realidade ou da ficção, um encontro
sexual romântico amoroso entre algum jovem, adulto, velho, deficiente físico, alienígena,
animal irracional, personagem de desenho animado, ser espiritual, oriental,
ocidental, comercial. Vocês se lembram do clássico Coccon, onde velhinhos já
descrentes de tudo, encontram seres alienígenas e diante de um sopro de vida, a
primeira coisa que pensam é namorar?
Queridos, por favor, se
vocês não estiverem completamente imóveis ou completamente fora de suas
faculdades mentais, por gentileza, por caridade, cuidem de sua sexualidade, de
qualquer forma, exceto através do que transgride o direito do outro e,
distribuam doces, sorrisos, abraços, luz, paz, amor, pelo mundo a fora.
Faça amor, não faça
guerra
*Jussara Hadadd
Terapeuta sexual, Filósofa Clínica
Juiz de Fora/MG
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