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O caminho singular*


Chega um momento que não mais queremos seguir o caminho dos outros... e qual é o meu caminho?
Não é fácil esta decisão, pois é preciso desapegar de muitos agendamentos e prejuízos colecionados durante toda vida.

A faxina necessita de muita meditação.

Importante reencontrar as incertezas, os abismos, os intervalos, as frestas, a pausa e o caos.

Os modelos se tornaram formas insólitas, moldes de fantoches, seitas teóricas... folhas mortas. Estes eu descarto com alegria.

As cores do meu caminho eu quero criar. As palavras da minha escrita eu escolho do meu jeito sem jeito.

Vou respeitando seu caminho, sem julgar ou criticar. A escolha é sua, como a escolha é minha. Quem sou eu para dizer qual melhor caminho para você?

As cópias são de plástico e poluem mares, rios e alma. Não posso ser outra além de mim mesma.
Admirar e contemplar as diversidades, sem desejar imitar, enriquece meu olhar, hoje desaprendiz.

E pela estrada a fora eu vou bem contente, levar doces para velha sábia. Desculpe lobo mau, você não me seduz. Não tenho nenhuma pressa. A vida é agora e meu caminho a mim me pertence.

*Rosângela Rossi
Psicoterapeuta. Escritora. Filósofa Clínica
Juiz de Fora/MG

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