Nada melhor que a
mudança de lugar para contribuição de um processo autogênico. Entenda-se
“autogenia” como mudança de “Estrutura de Pensamento” e relação entre os
tópicos desta. Quando mudamos de lugar, os hábitos têm a possibilidade de
mudar. A visão de mundo tende modificar. “O que acha de si mesmo” começa a se
reformular. Mas, este é o caso de alguém que está disposto a mudar e suas
condições da Estrutura de Pensamento contribuem para tal acontecimento.
A quebra de paradigmas
é fruto do confronto com a realidade. Muitos agendamentos são feitos ao longo
do desenvolvimento e resultam em “pré-juizos” que podem gerar uma série de
incômodos ao serem confrontados com a realidade.
Situações novas,
pessoas com as quais não convivíamos, primeiras impressões que são reconhecidas
como grandes erros de interpretação. Deparando-se com o mundo novo, a Estrutura
de Pensamento não consegue ser mais a mesma.
Novas aventuras iniciam
nesse processo. Um novo mundo começa a ser vislumbrado. Uma nova visão,
atitudes novas surgem. Atos inéditos de quem já viveu a mesmice começam a
aflorar. Autogenia intensiva e extensiva diante do “devir” da vida.
Se como diz Heráclito
“Nada é permanente, salvo a mudança”, a Estrutura de Pensamento tende a
modificar. Se há mudança em tudo o tempo todo, com a intenção e condições de
possibilidade favoráveis, toda mudança pode tornar-se mais fácil.
O resultado do processo
autogênico é difícil de ser previsto. Mas, é um caminho sem volta. Pode-se
voltar ao lugar em que o papel existencial era praticado com facilidade ou por
força de costume, entretanto, jamais será o mesmo de antes.
Novos caminhos, novos
rumos, processos de mudança, aventura de Ser-aí (Dasein). Abertura ao intenso
presente, o único tempo para se agir.
*Prof. Dr. Miguel
Angelo Caruzo
Filósofo. Educador.
Filósofo Clínico. Livre Pensador.
Teresópolis/RJ
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