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A História de Cada Um*

 

Manter a terapia em dia é uma salvação de si mesmo! Pois quem mantém a terapia em dia, cresce continuamente em autoconhecimento e qualidade de vida. Quem mantém a terapia em dia, inevitavelmente vai se tornando mais empático e solidário pelo menos até espantar-se positivamente com o fato de que mesmo sem querer já se tornou uma pessoa muito mais justa.

Quem mantém a terapia em dia pode superar a ilusão de que o mundo deve girar a sua volta e que todas as pessoas que o cercam devem estar sempre prontas para servi-lo independente de reciprocidade ou de respeito mútuo. Quem mantém a terapia em dia, supera egoísmos, uma vez que vai se tornando cada vez menos inconsequente e desonesto consigo mesmo e com os outros.

Quem mantém a terapia em dia pode ficar cada vez mais sábio e curiosamente seletivo na medida em que potencializa a própria capacidade de lidar com os desafios da sua jornada existencial. Quem mantém a terapia em dia, vai compreendendo que toda escolha gera uma consequência da qual sempre seremos reféns!

Quem mantém a terapia em dia tende a perceber, de repente, que até mesmo uma não escolha é uma escolha. Quem mantém a terapia em dia, não só começa a enxergar as próprias feridas abertas na sua alma como cada vez mais, vai se surpreendendo ao sentir os seus processos de cicatrização e restabelecimento funcional nas emoções.

Quem mantém a terapia em dia, passa a sentir cada vez mais e vai aprendendo pouco a pouco e passo a passo que todas as feridas cicatrizadas são na verdade, parte da sua história, ao mesmo tempo que se tornam mapas seguros de navegação ou faróis certeiros de referências. Quem mantém a terapia em dia, passa a saber que toda e qualquer pessoa tem as suas próprias feridas abertas na alma e que até mesmo carinho nesses lugares existenciais pode doer demais, simplesmente porque qualquer contato em feridas abertas machuca!

Quem mantém a terapia em dia pode se tornar um libertário que aprendeu a dividir para multiplicar e que desapegou das carências que sustentavam possíveis necessidades de cobrar dos outros e sempre esperar algo em troca.

Quem mantém a terapia em dia, passa a não mais permanecer onde não há amor e paz suficiente. Afinal, manter a terapia em dia é uma ousadia benevolente, é um ato de amor talvez até incondicional pela sua vida e pelas vidas comunitárias; mas quem mantém a terapia em dia? Musa!

*Prof. Dr. Pablo Mendes

Filósofo. Mestre e Doutor em Filosofia. Musicista. Escritor. Poeta. Educador. Filósofo Clínico. Em 2019, por indicação do conselho e direção da Casa da Filosofia Clínica, recebeu o título de “Doutor Honoris Causa”.

Uberlândia/MG

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