A linguagem é dialética. Para apreender toda a extensão do que é dito, é preciso captar não só o seu significado explícito, mas também o que se oculta. Todos sabemos: em período de pandemia, é preciso ficar em casa, cumprindo com o máximo de rigor a clausura, para que possamos nos proteger mutuamente. Esse é o aspecto evidente da frase das campanhas do tipo "fica em casa!". * * * Porém, nestes nossos tempos estranhos uma estrutura hermenêutica oculta se ilumina toda vez que alguém pede que não saiamos à rua. Sob esse pedido surge, dialeticamente, um outro significado que nega o que está explícito: toda vez que pedimos que se "fique em casa", imediatamente pressupomos a existência de uma rede social composta por pessoas que não têm o direito de ficar em casa. O confinamento de parte da população somente é possível se outra parte da população permanecer em seu trabalho pronta para servir a quem está isolado. Para que uma parte da população possa, por meio do
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