“Por que Filosofia?” Foi, é e sempre será a pergunta cabal para um filósofo ou pretendente a esse cargo que os alunos ou pessoas em geral irão fazer para nós filósofos e aspirantes.
A resposta é complicada dada a complexidade do problema
envolto nessa pequena e simples interrogação. Mas aqui tento responder à minha
maneira, com uma analogia que exporei mais adiante e que, no momento, cabe
apenas concepção (de um professor que realmente conseguiu, com a frase adiante,
resumir um sentimento): “não é você que escolhe a Filosofia e sim ela que te
escolhe” – professor James de Filosofia Geral Problemas Metafísicos IV da UERJ.
Bem, vamos à minha analogia: sabe quando você olha uma moça
ou rapaz e pensa: “um dia ficarei com ela(e)”? Você assim o faz porque de
alguma forma aquela pessoa lhe interessou e sentiu-se atraído(a) por aquele
monumento de pessoa – não no sentido corporal, carnal ou não. Pois é! Isso foi
o que aconteceu comigo em relação à Filosofia: olhei-a e ela me olhou; trocamos
aqueles olhares por algum tempo e quando me vi interessado por aquela coisa tão
bonita, complexa e instigante pensei: “por quê não? Por que não te conhecer
melhor?” Então exclamei: “um dia ‘ficarei’ contigo!”
Não acredito em amor à primeira vista, entre pessoas, mas
nesse caso não posso ser hipócrita e dizer que não porque foi. Entre duas
pessoas, acredito em tesão, interesse ou qualquer outra coisa ou sentimento que
não amor. No caso particular que estou expondo, foi amor à primeira vista entre
uma coisa – personificada através da analogia – e uma pessoa – eu.
Voltemos à frase do professor para melhor entender a
explanação até o momento: “não é você que escolhe a Filosofia e sim ela que te
escolhe”. E mias uma vez recorremos à analogia. Pense que aquela(e) moça/rapaz
nem espere que você se aproxime, ela(e) vai a você e diz que quer ficar
contigo. Nossa...! O calor sobe pelo corpo e você pensa: “não acredito que oi
interesse é mútuo e eu nem precisei chegar!”
É isso que acontece com a Filosofia. Ela chega até você sem que você perceba ou entenda e quando se dá por si, já está ela ao seu lado, acima, abaixo, ou seja, te envolvendo por todos os lados! A esse fenômeno, o mesmo James referiu-se como “vento de bruxa”. É aquele que passa por você e te prende, você não tem como escapar dele.
É isso que acontece com a Filosofia. Ela chega até você sem que você perceba ou entenda e quando se dá por si, já está ela ao seu lado, acima, abaixo, ou seja, te envolvendo por todos os lados! A esse fenômeno, o mesmo James referiu-se como “vento de bruxa”. É aquele que passa por você e te prende, você não tem como escapar dele.
Comigo aconteceu exatamente isso! O “vento de bruxa” passou
por mim e me pegou de um jeito que hoje não tenho fugir desse tufão; estou no
olho do furacão e a cada dia que passa me coloco mais a fundo nesse mistério
que é a Filosofia. Paixão? Acho que é mais que isso... Talvez realmente possa
ser amor. Ela me escolheu e eu sou muito grato por essa escolha, por isso
pretendo honrar com o compromisso de levá-la ao extremo e a todos que a
quiserem ter como companheira, nem que seja como admiradora apenas.
*Vinícius Gomes de Fontes
Filósofo, estudante de Filosofia Clínica
Rio de Janeiro/RJ
Filósofo, estudante de Filosofia Clínica
Rio de Janeiro/RJ
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