A ciência pode ser
vista a partir de uma perspectiva de evolução. Seu desenvolvimento se dá a
partir do acúmulo de saberes a ponto de ser necessária apenas a pressuposição
de alguns princípios para, assim, seguir com a pesquisa. Desse modo, a não ser
por informação histórica, um cientista não precisa ler, por exemplo, as obras
de Euclides, Copérnico e Newton para dar continuidade à sua pesquisa
científica.
Mas, com a filosofia
isso não é possível. O exercício do filosofar passa pela experiência daquele
que filosofa, a ponto de ter que revisitar muitos de seus pressupostos antes de
dar continuidade ao exercício filosófico. Essa atividade de lidar com a base da
própria experiência de mundo nem sempre é fácil, tornando necessário o auxílio
de bons mestres que, por sua vez, são profundos conhecedores desse caminho.
Assim sendo, o neófito
das veredas da filosofia precisa revisitar – entre outros – aqueles que deram
início ao que chamamos de filosofia, sobretudo seus grandes pilares: Platão e
Aristóteles. São estes que ajudam o iniciante a compreender os primeiros passos
da atividade filosófica. Em suma, enquanto para a ciência o passado é
praticamente o ultrapassado, para a filosofia os pensadores do passado são tão
ou, em alguns casos, até mais relevantes e pertinentes do que os da atualidade.
*Prof. Dr. Miguel
Angelo Caruzo
Filósofo. Educador. Escritor. Filósofo Clínico.
Teresópolis/RJ
Filósofo. Educador. Escritor. Filósofo Clínico.
Teresópolis/RJ
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