"Não há filosofia absoluta: ninguém filosofa senão a partir do que é, do que vê, do que sente..."
"Nada existe, salvo o ser, que dura e que muda: nada existe, salvo o devir"
"(...) o real não existe no tempo, mas é o próprio tempo"
"Dirão que não haveria devir se não houvesse tempo... Sem dúvida, mas não porque o tempo seria a condição do devir: porque ele é, antes, o próprio devir"
"(...) a vida, como o amor, como tudo, só é eterna enquanto dura"
"O presente da natureza, ao contrário, é um perpétuo devir: é sempre agora, mas é sempre diferente. O inverso também é verdade: é sempre diferente, mas é sempre agora"
"Lembrando santo Agostinho: 'Porque esses três tipos de tempo existem em nosso espírito, e não os vejo fora dele. O presente do passado é a memória; o presente do presente é a intuição direta; o presente do futuro é a espera"
"O tempo parece indefinível, inapreensível, como se só existisse em sua fuga, como se só aparecesse com a condição de sempre desaparecer, e tanto mais obscuro como conceito quanto mais claro como experiência. É uma evidência e um mistério: ele só se revela ocultando-se; só se entrega em sua perda; só se impõe a todos no próprio movimento pelo qual de todos escapa. Todos o conhecem, ou o reconhecem; ninguém o vê cara a cara"
*André Comte-Sponville in "O Ser-Tempo". Ed. Martins Fontes. SP. 2000.
Comentários
Postar um comentário