Querido leitor, aceite
o meu fraternal e caloroso abraço. Nosso tema hoje é instigador, é baseado nas
ideias de um dos maiores nomes da cardiologia do Sul do Brasil, e talvez de
todo o Brasil? Trata-se de Fernando Lucchese, uma referência na medicina do coração
que, hoje, tem sua base em Porto Alegre, embora também tenha atendido aqui em
Criciúma, acompanhando a realização das primeiras cirurgias cardíacas.
De acordo com o
pesquisador gaúcho, 70% das mortes ocorrem por infarto, acidentes cerebrais -
os AVC´s – e câncer. Desse total, as causas todas advêm de cinco pontos básicos
que são: as emoções, a genética, o que comemos, o que bebemos e, finalmente, o
que respiramos.
Aristóteles tem uma
frase célebre que “nós não somos somente o que pensamos, o que falamos, somos
principalmente o que fazemos”. Sim, talvez somos o que fazemos para nós mesmos,
como o que fazemos para nossas emoções. Qual o cuidado com nossa alimentação,
se selecionamos o que bebemos, qual a qualidade do ar e a forma que respiramos?
Claro, tudo isso são variáveis que estão ao nosso alcance, mas a genética, isso
está escrito e ainda pouco ou nada se muda. É só aceitar a predisposição.
Para Fernando Lucchese,
portanto, saúde é bem estar em diversos pontos como físico, mental, psíquico,
familiar, financeiro, profissional, ambiental e espiritual. Interessante que um
médico, um cientista, além de todo esse rol de importância, coloque o espiritual
como fonte de equilíbrio saudável. Atentemo-nos para o termo espiritualidade,
não religiosidade.
Mas a grande novidade
não está nessas belas palavras do médico, do profissional, do pesquisador.
Talvez lá no fundo já tínhamos clareza e até conhecimento sobre tais questões.
Mas a grande novidade, de acordo com o Dr. Lucchese, vem de uma pesquisa da
Stanford University, dos Estados Unidos. De acordo com ela, existem quatro
fatores básicos para prolongar a existência, ou como alguns dizem, a vida.
Vamos aos números
então. O primeiro é assistência médica: SUS, plano de saúde, particular, enfim,
aqui nesse ponto, a vida pode ser prolongada em 10%. Sim, 10%. Mas mais
importante que a assistência médica, a genética pode contribuir com 17% para a
longevidade. Isso não é interessante, pois às vezes podemos lutar contra algo
que já trazemos conosco e que a ciência não tem como curar.
O terceiro fator, de
acordo com essa pesquisa da Stanford University, é o meio ambiente, o clima
onde vivemos, convivemos, onde crescemos. Esse meio pode ser o ar que
respiramos ou até mesmo a energia do clima, seja ele familiar, profissional e
até social. O meio ambiente influencia 20% no prolongamento da vida.
Mas o grande fator
decisivo para que tenhamos uma vida mais longa é o estilo de vida, com 53%.
Como vimos acima, o que comemos, o que bebemos, o que respiramos, o que
pensamos. Enfim, nossos atos passados nos trouxeram e nos fizeram ser o que
somos hoje. Para sermos diferentes, então, é necessário atitude a partir de
hoje, e atitude que nos leve ao encontro da vida, mas da vida plena e
abundante.
Isso é assim para
Lucchese e para mim. E você, o que pensa sobre viver mais e melhor?
*Beto Colombo
Administrador de
empresas, escritor, filósofo clínico, coordenador da Filosofia Clínica na UNESC
Criciúma/SC
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