"(...) Ela é feita
de ensaios-erros, marca, por excelência, da vitalidade, no que ela tem de
aventureira. Indico no princípio deste livro: a verdadeira vida não tem projeto
porque não tem objetivo definido. Daí o aspecto pulsante de suas manifestações"
"Acrescentarei que
o redobramento é a marca simbólica do plural. Por isso, cada um torna-se um
outro. Comunga com o outro e com a alteridade em geral"
"(,,,) nenhum
problema é definitivamente resolvido, mas que encontramos, pontual e
empiricamente, respostas aproximadas, pequenas verdades provisórias, postas em
prática no cotidiano, sem que se acorde um estatuto universal, oralmente válido
em todo lugar, em todo tempo e para cada um"
"(...) o excesso
sobrevém como uma vibração que legitima e dá sentido à monotonia cotidiana. A
transgressão e a anomia necessitam de limites, ainda que seja somente para
serem ultrapassadas"
"Instantes
encantados dos carnavais, dos festivais, das festas de todas as ordens. Minutos
encantados de encontros amigáveis ou amorosos, ainda que sejam sem amanhã"
"O bárbaro já não
se opõe ao civilizado, é um de seus componentes mais fecundos. Essa conjunção
é, sem dúvida, a marca essencial da pós-modernidade"
"Há aqui uma
antinomia de valores que merece ser pensada: a morosidade do instituído, a
alegria do instituinte. Antinomia que se manifesta, cada vez mais, com toda
clareza, em particular ns voracidades festivas, no culto ao corpo, na
exacerbação da aparência, tudo, certamente, fundado sobre a saturação do
projeto longínquo e a celebração de uma espécie de instante eterno"
*Michel Maffesoli in
"O instante eterno". Ed. Zouk. SP. 2003.
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