O dia que descobri que
posso ser imperfeita e que isto me libertou da expectativa e da frustração a
vida tomou outro rumo.
Que bom que posso ser
eu mesma, sem modismos, sem corresponder a expectativa de um mundo consumista e
cheia de regras limitantes e escravagista.
Passo tentar fazer bem
feito na dimensão do possível.
Observo o sofrimento de
muitos que se preocupam com o que os outros acham e vão dizer. Que deixam de
fazer muitas coisas com medo do julgamento e da crítica. Deixam de viver e se
arvoram em apontar o dedo acusando o outro.
Colocar a vida numa
caixa e tentar ser perfeito traz excesso de tensão julgando e criticando os
imperfeitos. Jogo de critica e projeção. Loucura.
A síndrome da perfeição
atormenta muitos que não só infernizam suas vidas como a dos outros.
O dia que aprendi que
posso ser imperfeita ganhei minha carta de euforia e caminho levemente como
eterna aprendiz e que o outro é livre para pensar de mim o que quiser.
Como ser da escolha
trilho na compreensão que a beleza está na diversidade e vou respeitando a
multiplicidade de possibilidades infinitas.
Saindo da caixa a dança
da vida se torna surpreendente e ativa como voo do pássaro. E cada dia é
simplesmente um novo dia.
*Dra Rosangela Rossi
Psicoterapeuta.
Escritora. Filósofa Clínica. Livre Pensadora.
Juiz de Fora/MG
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