Será que podemos
universalizar que tudo é relativo? Foi difícil eu aprender que generalizar me
fazia reduzir os fenômenos. Na multiplicidade e vastidão existencial precisei
compreender que as singularidades marcam as diferenças. Por mais que prestasse
atenção, volta e meia, eu me pegava escrevendo e falando: - Tudo!
Vício comum em
delimitar o mundo como certo ou errado. Existe a relatividade da singularidade
assim como o existe o universal. Para o pré socrático Parmênides tudo É, para
Heráclito existe o Vir a Ser em contínua mutação. A essência É, a existência
muda continuamente. Compreendo que as coisas podem ser e não ser.
Por que desta reflexão?
Ao reduzir os fenômenos
à “tudo” posso julgar, criticar, como se houvesse um certo e errado universal.
Hoje sei que as coisas podem ser certas ou erradas para mim. O mundo é
representação minha. Eu vejo e interpreto o mundo de acordo com minhas
experiências, agendamentos, aprendizagens, cultura…
Aprendi que parar,
refletir, para mim, me humaniza, me faz olhar o outro como diferente de mim e
que o outro me ensina quem ele é. Ao invés de julgar e criticar o outro, ele se
torna meu mestre e me torno eterna aprendiz. Saio da caixa e me permito
experimentar novas possibilidades. Modifico meu olhar e minha vida se enriquece.
Deixei de lado o “tudo”
e vou agora vivendo a existência em seu movimento surpreendente. Tem valido a
pena! Experimente também!
*Dra Rosangela Rossi
Psicoterapeuta. Escritora.
Filósofa Clínica
Juiz de Fora/MG
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