O pensamento dos
filósofos não foram feitos para serem "refutados". Alguns pensamentos
influenciaram seu tempo, enquanto outros só repercutiram posteriormente.
Encontrar os limites internos nas obras dos filósofos é relevante para que, ao
formularmos nosso próprio pensamento, os evitemos. Mas, a "refutação"
por si mesma não mudará a relevância, para o bem ou para o mal, do filósofo
para a história e a cultura. Além do mais, todo filósofo que merece este título
tem algo a nos ensinar.
(...)
Há diversos modos de
estudar filosofia. Muitos até conseguem avançar bem como
"autodidatas". Mas, se há possibilidade de cursar uma graduação em
uma boa instituição, você só tem a ganhar. Uma das minhas professoras
enfatizava que a graduação serve para nos proporcionar uma noção geral da
filosofia -- sua história e as teses dos filósofos -- que, por sua vez, é a
base para posteriores e necessários aprofundamentos. Além disso, há o benefício
de ter professores que apresentam o conteúdo com perspectivas próprias de quem
já realizou esse aprofundamento posterior.
(...)
Quando o
comprometimento com ideologias ou congêneres é maior do que a busca pela
verdade, o diálogo torna-se, na melhor das hipóteses, muito difícil. Ser capaz
de reconhecer pontos concordantes ou até abdicar de algumas convicções por
reconhecer verdades no discurso do "oponente" é uma virtude da
honestidade intelectual.
*Prof. Dr. Miguel
Angelo Caruzo
Filósofo. Escritor.
Filósofo Clínico. Livre Pensador.
Teresópolis/RJ
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