Se aprofundamos perguntas porque questionamos respostas, nossas buscas se movem mais por dúvidas do que por certezas. Sendo a filosofia proveniente da inquietude, tendo a ataraxia (quietude da alma) como uma de suas metas, sua conquista marcaria o fim da filosofia? Ou seria um novo começo, onde os questionamentos se desdobrariam "ad infinitum"? O que seria mais sensato, aceitar ou questionar as vagas de uma vida vaga? A questão é: sensato pela ótica de quem?!... Essa merda parece não ter fim... Círculo perfeito nem na auréola etérea, sagrado rarefeito. Espiralas, Ana Rita, espiralas... Não faças da liberdade, prisão. Melhor contemplar, estava certo Platão... Se é verdade o que se vê tenho dúvidas, mas que é um bom lenitivo, isto é. Talvez estratégia de resistência da "demonizada loucura" diante de tanta "sanidade santa", tão necessária quanto desviar o olhar do abismo para nele não sucumbir de vez. Sereniza o coração, aquieta a mente... E a gente dá conta ...
A novidade da filosofia clínica é a afirmação da singularidade. Cada partilhante é critério de si, a partir de sua historicidade, fornecendo parâmetros à realização dos procedimentos clínicos ao terapeuta. Mas, alguns desdobramentos dessa abordagem terapêutica são questionáveis. Refiro-me a questões relativas à matemática simbólica. Para refletirmos, uso a filosofia clínica como o método para melhor explicá-la, corrigi-la e desenvolvê-la. As linhas seguintes demandam concisão. Considero a filosofia clínica capaz de compreender formulações complexas ao analisar suas composições estruturais. No início da “Filosofia Clínica: propedêutica”, Lúcio Packter destinou as primeiras linhas para explicar o contexto histórico que permeou sua vida no período no qual iniciava suas pesquisas para a sistematização daquilo que mais tarde receberia o nome de filosofia clínica. A categoria circunstância descrita pelo autor nos ajuda a suspeitar que como o mundo parece é um tópico determinante em sua estru...