Desbravo caminhos que em minha alma acordam com os primeiros raios do sol. No caminho da vida peregrino sem cessar. Contemplo as tardes com saudades das manhãs. O fruto doce das alegrias se mistura ao verde das esperanças. Em cada canto um novo canto que na melodia da alma se faz sinfonia no silêncio dos meus tantos cantos.
Alma peregrina que encontra nos
portos seguros os mais belos horizontes. Assim é a vida... Um eterno amanhecer
que nas tardes de outono sonham com as primaveras que hão de vir. No passado de
pretéritos os amores sempre novos com saudades do passado.
Sempre caminhar, se perdendo nos
encontros e encontrando-se nas perdas. Viver assim como o caboclo que no chão
lavra a terra de certezas da chuva sempre incerta. Olhar sem desanimar, e
caminhar rumo ao meu avesso que tece esperanças com as estrelas que anunciam o
presente das estações.
Trilhar... a vida sem medo e
mesmo com medo arriscar... Perder-se... Encontrar-se... E perder-se
novamente... O que de mim não sei a vida me ensina...
Eterno aprendiz no coração do
mundo que em mim se faz sempre jornada....
*Pe Flavio Sobreiro
Teólogo, Escritor, Poeta, Especialista
em Filosofia Clínica
Toledo/MG
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