Percebe-se que em tempos atuais são de vozes apressadas e ouvidos distraídos. A comunicação, que deveria ser ponte, muitas vezes se torna ruído. E nesse cenário, escutar, verdadeiramente escutar, é um gesto raro. Mais do que captar sons, ouvir é acolher. É abrir espaço para que o outro se revele, sem pressa, sem moldes, sem interrupções e que isso aconteça em sua própria lógica, com seus ritmos, pausas e silêncios. Porque há uma diferença profunda entre ouvir e escutar: a primeira é função dos sentidos; a segunda, é função da alma. Ser um bom ouvinte é estar presente. É suspender o próprio mundo por instantes para que o mundo do outro possa emergir. É não querer ocupar o lugar do outro, mas caminhar ao lado, com respeito e curiosidade. E isso transforma a comunicação em cuidado, transforma o diálogo em encontro. Ruídos na comunicação não são apenas sons indesejados. São interrupções, julgamentos, distrações, interpretações precipitadas. São tudo aquilo que impede o outro de...
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