Embora os jovens possam tornar-se geômetras, matemáticos e conhecedores de matérias semelhantes, não acredito que exista um jovem dotado de sabedoria prática. O motivo é que essa espécie de sabedoria diz respeito não só aos universais mas também aos particulares – que são conhecidos pela experiência. Ora, um jovem carece de experiência, que só o tempo pode dar. Por que um menino pode tornar-se matemático, porém não filósofo? É porque os objetos da matemática existem por abstração, enquanto os primeiros princípios das outras matérias provêm da experiência; e também porque os jovens não têm convicção sobre esses primeiros princípios, contentando-se em utilizar a linguagem apropriada, ao passo que a essência dos objetos da matemática lhes é bastante clara" (ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco, livro VI). É por isso que eu confio no trabalho de jovens tecnocientistas fazendo "ciência normal", mas desconfio de jovens políticos, magistrados e filósofos. * * * Uma cultura literária s...
Já faz tempo que penso na sua não existência, não como forma de uma totalidade e, sim no pensar filosófico da coisa. Interessante observar a não existência de algo que na forma de minha escrita, dou vida. Sim, dou vida para imediatamente a tirar. Não quero aqui dizer que essa teoria simplesmente retira de nosso dicionário a palavra “dúvida”. Desejo demonstrar que sua existência, na verdade é um estado de preguiça do homem. Sentir-se na incerteza entre duas saídas é um acomodar-se diante dos fatos. Vejamos o que a filosofia na história tem a nos presentear com conceitos, cito aqui (dicionário de filosofia, Nicola Abbagnano, Martins Fontes, 2003, pág. 296). Dúvida, esse termo costuma designar duas coisas diferentes, porém mais ou menos ligadas: “1º um estado subjetivo de incerteza, ou seja, uma crença ou opinião não suficientemente determinada, ou a hesitação em escolher entre a asserção da afirmação e a asserção da negação; 2º uma situação objetiva de indeterminaçã...