"As linguagens transgressivas são antes signos dialógicos destinados a todos e a ninguém, e que são, ao mesmo tempo, signos precursores de uma conscientização múltipla"
"A vanguarda é então um discurso que reescreve constantemente a experiência estética. Assim sendo, a vanguarda mantém uma relação ativa com a modernidade. Nessa dialética pode-se introduzir o pós-modernismo, mas como uma estrutura diferencial, e não como o fim da modernidade"
"Nesse polimorfismo literário, as vanguardas se destacam por marcarem, cada vez, o advento de uma linguagem nova. As vanguardas que reescrevem e perlaboram a modernidade também garantem sua sobrevivência para além de suas descontinuidades"
"(...) o gesto vanguardista por excelência é a provocação verbal ou visual. Os criadores vanguardistas que se batizam de futuristas, surrealistas, dadaístas, ultraístas, criacionistas. minimalistas, maximalistas, proclamam sua diferença e operam a ruptura"
"O que o deus Cronos não perdoa às vanguardas é o frescor e a espontaneidade de suas extravagâncias"
"Claude Lévi-Strauss: 'O progresso não é nem necessário, nem contínuo; ele procede por saltos, por pulos, ou, como diriam os biólogos, por mutação. Estes saltos e estes pulos não consistem em ir sempre além na mesma direção. A humanidade em progresso não parece mais com um personagem que sobe uma escada'"
"O novo é apreendido em sua transitividade fatal e na sua promessa de permanência. Em uma perspectiva histórica, a modernidade é um caleidoscópio que projeta ao infinito suas contingências, suas fugitividades, suas transições"
"A performance pós-moderna desemboca antes no processo do que num objeto temporal acabado"
*Wladimir Krysinski in "Dialéticas da transgressão. Ed. Perspectiva. SP. 2007.
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