As palavras, num texto literário, são encruzilhadas: conduzem a diversos campos de significado que adicionam novas camadas à leitura. Por isso, um verdadeiro leitor de livros percebe elementos, referências, nuances que passam completamente despercebidos pelo leitor comum - ainda que esse leitor comum tenha nível superior, mestrado, doutorado. Um exemplo: quando um bom poeta ou romancista faz referência ao "jardim", à "jardinagem", evidentemente faz uso de um símbolo literário e filosófico com uma longa história. O leitor atento logo compreende que esse jardim é tanto a horta doméstica de Alcino, com seus vegetais comestíveis, quanto o jardim selvagem de Calipso, com suas violetas exuberantes; é o jardim do Éden e também o do Getsêmani; é o mesmo jardim de Atenas onde Aristóteles criou o seu Liceu, ou onde Epicuro, na mesma cidade, estabeleceu o seu hospital do espírito; são os jardins floridos de Virgílio; é o jardim de Voltaire no "Candide" e na c...
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