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Apenas um garoto de 26 anos

Lúcio Packter
Pensador da Filosofia Clínica


O futuro está lá, não é nítido, será construído pelo caminho. E o caminho é feito de momentos; os bons momentos são os que acontecem com a pessoa certa no lugar certo. É quase um estado de espírito.

Casamento e filhos são relacionados a alguém para ficar junto depois dos 30, por aí. Depende, porque o futuro está em aberto.

Vida social é importante, contatos, nada a ver com questões de trabalho, de família. A explicação é que contatos são importantes porque são contatos.

O capitalismo é bom, o que não é bom é o governo. A política é o problema, não a economia propriamente. A idéia é que a política influencia a economia.

Não interessa muito se a pessoa é católica, evangélica, taoísta, o que está em questão é a energia que a pessoa passa. A ênfase é no que a pessoa mentaliza e passa, não a ideologia.

Sobre comida, é saudável evitar porcaria e isso está ligado a exercício, a boas idéias, a bons papos, coisas produtivas. Saudável é carboidrato, chocolate, carne, ainda que possa passar sem isso. Come sabendo que pode passar sem.

Se um marciano perguntasse o que diferencia um garoto de 26 anos das outras dez mil idades que encontramos em nossa cidade, a resposta é simples: estar sempre em busca de algo novo, não daquilo que sempre existiu e se esparrama; estar sempre ligado em novidades. Novidade não é Felipe Massa, novidade é o que faz Felipe Massa ser novidade.

Um cara de 26 anos lê Martha Medeiros e se tiver alguém por perto pode acabar lendo em voz alta, desde que possa ler e comentar.

O vocabulário é razoável, mas geralmente monossilábico, com termos e expressões curtas que dizem quase tudo. Subitamente, no meio de um assunto fatídico, surge um ‘só’.

Uma coisa ridícula: exibicionismo. Uma esperança; eis algo que demanda tempo e gera respostas vagas como “o autoconhecimento coletivo”.

Este é o resumo, mais ou menos exato, de uma conversa com um garoto de 26 anos.

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