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Imunoterapia Gilson Cláudio Barbosa de Miranda Goiânia/GO Imunoterapia filosófica é uma espécie de vacina terapêutica e consiste no acompanhamento que se faz de pessoas que não precisam de terapia e que decidem fazer um planejamento de EP para não desenvolverem a necessidade de se submeter a um processo terapêutico. É um trabalho filosófico clínico, de caráter preventivo que visa o desenvolvimento necessário para a manutenção do estado de equilíbrio da estrutura de pensamento. Isto resultará em obter qualidade de vida dentro de uma certa permanência. Assim sendo, a imunoterapia coloca na pauta proposta da existência da pessoa o ¨bene vivire¨. Isto significa um resgate da arte de viver com satisfação, arealização do velho sonho de Epicuro que era a qualidade de vida. Entendemos que por meio de um acompanhamento clínico filosófico é possível instaurar um processo de planejamento pessoal que tem por fim construção de uma EP equilibrada vivencia. Disto resultaria um viver qu
Conexões entre ideias Prof. Dr. Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Um estudante de Filosofia aprende nos primeiros meses de curso que o mundo evoluiu do Caos em direção à ordem, à calma, às leis, e que assim surgiram os nossos sofás e os canteiros do nosso jardim. Raras vezes aprende que o caminho usual das coisas pudesse ser diferente, como se de uma ordem inicial, e pela propriedade e funcionamento que unem as coisas, pudéssemos obter como consequência uma sucessiva desordenação dos conteúdos, uma trajetória continuada rumo às dubiedades, confusões, incertezas. O desarrazoado como direcionamento. Nesta acepção, entre as possibilidades, teríamos inúmeras maneiras pelas quais as ideias poderiam estar ligadas umas com as outras. O esquecimento, por exemplo, poderia estar associado a um sentido de urgência, de importância, tal que levasse a lembranças de outros elementos.
INCURSÃO REFLEXIVA SOBRE FILOSOFIA Prof. Dr. Osvaldo Dalbério Especialista em Filosofia Clínica Prof. da Faculdade de Medicina Uberaba/MG O que é Filosofia? Esta é uma pergunta bastante problemática tendo em vista que ao longo da história humana, vários pensadores registraram suas idéias a respeito dela. Não se pretende apresentar mais uma definição ou conceituação sobre a filosofia. Um exemplo poderia nos ajudar a expressar o que estamos entendendo por filosofia. Uma árvore, um eucalipto, alto, bonito, atrai a si, todos os olhares. Essa percepção é efetivada ao nível do primeiro olhar. Enquanto a maioria das pessoas o percebe de forma ingênua e simploria, o artista plástico o vê como inspiração para uma
Filosofia e Filosofia Clínica Prof. Dr. Nivaldo Alves Teólogo Filósofo Clínico Roma A década de 90 mostrou que a Filosofia voltou a ser valorizada. Recebeu o valor merecido neste final de século; reconhece-se a falta que ela faz; afirma-se sua importância; introduzem-na nos currículos escolares. Defrontamo-nos com o que muitos adultos não acreditam: até as crianças já sabem que a Filosofia “serve” para ensinar a pensar melhor. Voltamos a respirar o ar saudável da Filosofia: volta o hábito saudável da reflexão para analisar, criticar, julgar e situar-se no mundo. Neste novo clima saudável da Filosofia surge um grupo de pensadores, no Rio Grande do Sul e em outros estados brasileiros e chamam a atenção. São os filósofos da Filosofia Clínica. “A Filosofia Clínica é apenas a Filosofia acadêmica d
SER LIVRE É TER UM AMOR PRA SE PRENDER Ildo Meyer Médico Filósofo Clínico Porto Alegre/RS Todos passamos por mudanças. Cada fase de nossas vidas é como uma espécie de adaptação na forma de encararmos o mundo, de resolvermos nossos impasses, de tentarmos um crescimento pessoal. E essas mudanças são percebidas em todas as pessoas. O famoso artista espanhol Pablo Picasso, por exemplo, não fugiu à regra e pincelou cada metamorfose com cores e estilos diferentes. Sua juventude lírica deu origem à fase rosa da pintura, a guerra espanhola foi retratada sob a forma expressionista, e assim ele foi pintando suas telas de azul, preto, marrom, conforme as cores de sua vida. Também eu me modifico, e por meio das palavras tento entender-me e expressar minhas idéias. Neste momento sinto necessidade de escrever na primeira pessoa. É a fase do “eu”. Preciso esclarecer que nem tudo necessariamente aconteceu da maneira literal como está escrito. A veracidade ou não dos fatos é um privilégio,
Solidão começa no pensamento Mônica Aiub Filósofa Clínica São Paulo/SP Em 1964, Jean-Paul Sartre recusou o prêmio Nobel de literatura e, na ocasião, Gilles Deleuze escreveu um artigo intitulado: “Ele foi meu mestre”, cuja tradução foi publicada no livro A ilha deserta e outros textos. "Estar só é falar por si mesmo, é não ter diante de si, nem atrás de si, algo que lhe ampare, que lhe sustente; é não representar ou ser representado por algo. Rejeição é repulsa, desaprovação. Estar só não implica em rejeição e esta não leva necessariamente à solidão" Ao estabelecer as diferenças entre o mestre e o professor, Deleuze cita duas características fundamentais do mestre: a solidão e uma certa agitação, uma certa desordem do mundo na qual surgem os mestres. Ao ler a afirmação de Deleuze, lembrei-me das muitas queixas de solidão que aparecem no consultório. Idalina Krause,
Workshop em Porto Alegre Convidamos para nosso encontro mensal na capital gaúcha. A promoção é do Instituto Packter e acontece no próximo dia 08/05/2010 (sábado) das 13:30 - 17hs, nas dependências do Instituto: rua Lucas de Oliveira, n. 1937/303 - bairro Petrópolis em Porto Alegre. Tema: "Lógicas da loucura - conversações sobre a linguagem." Coordenação: Hélio Strassburger O evento é gratuito e aberto a comunidade. As vagas são limitadas. Pedimos confirmar a presença pelo fone: 3330-6634 (tarde) ou pelo institutopackter@terra.com.br. Será um prazer recebê-los para compartilhar um café gostoso, um chimarrão e a tarde de estudos. Assessoria de eventos do Instituto Packter
Sinais Prof. Dr. Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Breno cuidou tanto os sinais que esqueceu da estrada. Percorreu todo o trajeto e quando terminou sabia exatamente que tinha terminado porque tinha lido na última placa, metros antes. Alcina viveu a estrada, os sinais eram apenas referências, instruções sobre cuidados. Avistou Breno diversas vezes, mas este nunca a viu. Afonso povoou a jornada com sinais contraditórios. Acabou atrapalhado, mas não sabia direito com o que, uma vez que um sinal lhe avisava que tudo estava bem, calçadas abertas. Clóvis nunca viu qualquer sinal, sempre guiou pelo curso que se abria diante de seus olhos, viajou bem, chegou em paz; diferente do que houve com Evaristo, que também ignorava os sinais, e acabou precocemente sua andança em uma bifurcação acentuada à esquerda. Gunter vinha atrás de Clóvis e de Evaristo, cuidou as coisas, cuidou ambos, tornou-se um
DOS ÂMBITOS DO ESQUISITO[1] Márcio de Faria e Vânia Dantas Filósofos Clínicos Governador Valadares e Uberlândia/MG Estranho, malvisto. Ou não usual, excêntrico. O exquisito[2]: magnífico, delicioso. Uma palavra que pode arrastar toda a estrutura de tópicos e trazer as vivências relacionadas com o termo presente em várias fases da vida; e talvez de várias vidas. Palavra que também faz o indivíduo sentir como se não fizesse parte de um todo social, um contexto, uma história; que marginaliza, diferencia, diminui. Nesse sentido, cada palavra do outro é uma pá de terra jogada para trás; desenterra memórias de vivências antigas, esquecidas, não verbalizadas e, nesse sentido, inconscientes[3]. Por isso, essa palavra acaba sendo direcionada para aquela pessoa que se faz única, com coragem de viver a sua unicidade/personalidade ou intus, sua condição humana que se configu
CONFIANÇA SEM FIANÇA Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS Procurei escapar de todas as maneiras, mas não consegui. Vou ter que me operar. Trabalho todos os dias anestesiando pacientes para cirurgias, mas desta vez sou eu quem vai estar deitado do lado de lá. Quando acordar na sala de recuperação, imagino um curativo enorme tapando uma cicatriz através da qual será retirado um pedaço do meu corpo. Vão tirar um pedaço de mim. Já estou sofrendo por antecipação. Em quem confiar para realizar esta tarefa? Quem vou autorizar cortar minha pele, penetrar no meu interior, abduzir o pedaço que julgar conveniente e deixar a cicatriz como lembrança permanente desta agressão calculada, necessária e consentida? Posso confiar no cirurgião carregado de diplomas, na indicação de uma boa experiência obtida por um vizinh
O filme “Avatar”, uma reflexão profunda Rosângela Rossi Juiz de Fora Desde os três anos fui educada por meu avô a sentir e pensar o filme para além do gostar ou não gostar. Lembro-me que meus pés balançavam soltos nos bancos do cinemascope que havia na sua casa que era estúdio de edição cinematográfica. Ficava atenta assistindo Chaplin. Nasci sentido o cheiro dos rolos de filme e dando valor a sétima arte. Acho pobre apenas dizer que gostei ou não gostei de um filme. Todo filme nos toca ou não, dependendo de nossos agendamentos. A interpretação analítica de um filme demonstra nossa forma se ser e ver a vida, as coisas e as pessoas. Qualquer filme, comunica algo. Um filme é aclamado quando se torna um arquétipo do inconsciente coletivo, isto é quando tem elementos comum a todos. Podemos ver o filme com o olhar apenas consciente, do que é aparente, ou
AS PEDRAS DE GOIÁS VELHO Vânia Dantas Filósofa Clínica Uberlândia - MG Santuário, andor, altar, escada na cidade histórica. Retratos de um tempo que está ficando passado mas que a gente talvez tenha que revisitar. A cada dia a mensagem no programa matinal na TV elogia a retomada das forças e dos valores; ao que parece, enterrados em várias pessoas. E, de repente, viram flores. Esses são relances de quando o ouvinte se sente bem e tem ousadia de planejar agir, enquanto aos primeiros passos já é preciso parar e repensar a viabilidade do projeto, pois há desequilíbrio devido à compressão medular. A degeneração precoce leva a pensar em como se resgatar do chão e como viver uma terceira em tenra idade. A ambigüidade de uma vida assim confunde: a idade cronológica, a biológica e a que a estética revela. E também porque não há deficiência, mas d

A insanidade do possível*

Entre diversos momentos ditos “passados em branco”, o esquecimento é futuro. Cada instante traz uma sensação em si, inerente ao próprio momento. As circunstâncias são únicas na sua solidão. Imensidão de vácuos que se interconectam em alguma linguagem, ou talvez, uma des-linguagem que se fecha em seu próprio vazio esperando tradução. Momentos de larga espera permeados de esperança vagam os pensamentos ditos insanos. Cada sorriso de loucura é uma lacuna de possibilidades aguardando o momento de viabilizá-las, traduzir-se em direção ao outro. Expressividades que se abrem na sucessão dos dias, sabendo-se momentâneas, conhecendo-se fugazes no rio sempre renovado das circunstâncias. Retroceder às passagens perdidas no vazio do esquecimento é um deslocar-se decrescente pautado sempre no momento atual. Uma ponte de significados e re-significações que se atualizam à medida que caminhamos para trás. Possibilidade de revisitar-se em papéis antes vividos, atualizando-se em uma re-leitura de
Sonhos e Foucault Cássia Regina da Silva Luz Goiânia/GO Foucault se utiliza de um texto de Artemidoro "A Chave dos sonhos", para averiguação de articulações e métodos utilizados na maneira de conhecer dos gregos. "A análise dos sonhos fazia parte das técnicas de existência. Já que as imagens do sono eram consideradas, pelo menos algumas dessas imagens, como signos de realidade ou mensagens do futuro, decifrá-las tinha um grande valor: uma vida racional não podia poupar-se desta tarefa." [1] Com efeito, o ato de sonhar estava relacionado a um encadeamento político, o homem virtuoso poderia ser reconhecido na constituição própria de seu sonho, ou seja, o indivíduo que jaz conquistado o equilíbrio não havia mais de ter sonhos desequilibrados como falta ou excesso, desejo ou medo. O que queremos acentuar aqui é que o cidadão grego cultivava como hábito essencial para

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