*A estética dos intervalos “A verdade que se abre na obra, nunca é atestável nem deduzível a partir do que até então havia. Pelo contrário, o que até então havia é que é refutado pela obra, na sua realidade exclusiva.” Martin Heidegger A fluência discursiva da ficção aprecia o lugar qualquer de todo lugar para justificar suas origens. Em algum ponto da interseção com a realidade empírica, sua atuação prolifera entremeios de uma zona incrível. Nesse extraordinário idioma é possível localizar várias fontes – de saber –, devaneios de reinvenção. Contradição bem vinda a inaugurar pontos de vista, até então, cristalizados num passado sem sentido. A pressa em querer consertar desajustes pode manter tudo como está. O codinome incomum dessas irregularidades criativas tenta descrever o território por onde a não-palavra se desloca, num processo a vislumbrar contornos invisíveis ao raciocínio das convenções. A pessoa condenada a viver em intervalos existenciais, onde as crises se
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