Pular para o conteúdo principal

Postagens

O pastor e a irmã desgarrada Idalina Krause Filósofa Clínica Porto Alegre/RS As representações que cada ser humano constrói coloca em campo, principalmente nas relações interpessoais, lutadores vorazes prontos para impor suas verdades universais. Há muitos julgadores de plantão, almas banhadas de um ressentimento sem fim, discursos prontos, ditando leis paralíticas, “representoses” baratas, diante de um mundo plural e intenso. E a “briga” impõe seus traçados, muitas vezes em lugares alegres, descontraídos, de conversa solta, onde a figura casmurra faz morada. Quase sempre, sem ser convidado, chega de surpresa e destoa pelo tom pastel de suas vestes fechadas, com destaque para a camisa social abotoada até o último botão, na altura do gogó. Pode ser considerado o triste observador, olhinhos de rato, retinas gelatinosas, mente rica em opiniões, pastor. Desconhecem que o segredo das palavras não está do lado daquele que escuta, não leu Nietzsche, apenas os dogmas bíblicos.
Nem todas as perguntas têm uma só resposta Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS Tudo começou com uma brincadeira entre amigos. Um perguntava e o outro respondia a primeira coisa que viesse à cabeça. O que é felicidade? É fazer tudo aquilo que se tem vontade. O que é liberdade? É fazer tudo aquilo que se tem vontade. Para que serve o dinheiro? Para se fazer tudo aquilo que se tem vontade. Agora se invertem as posições e é a vez do outro perguntar. O que é felicidade? É não fazer nada que não se queira fazer. O que é liberdade? É não ficar aprisionado a nada. Para que serve o dinheiro? Para comprar liberdade e felicidade. Não sei qual era o objetivo da brincadeira, mas algum dia, quando você menos esperar, também vai se ver envolvido com algumas perguntas. Por que estamos aqui? Para que serve a vida? O que é felicidade? Para onde vamos? Afinal, qual o sentido desta vida? Desde que o mundo é mundo estas indagações vagas e inespecíficas perseguem os home
*Entre uns e outros “Sinto-me múltiplo. Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.” Fernando Pessoas A atuação cotidiana de cada um pluraliza sua estrutura entre uns e outros. Mesmo quando não perceba esse fenômeno tão próximo, segue refém de seus encantos ou dissabores. Instantes por onde os personagens se multiplicam, em nuances de um espetáculo quase imperceptível. No discurso da historicidade, os inéditos costumam se apresentar como algo recém chegado da memória, sensação de estranheza ou na invenção de termos a própria pessoa. Querer corrigir essas singulares narrativas pode desmerecer a semiose como anúncio. Faceta da subjetividade a permanecer insignificante, não fora o caos diante de si. Os arranjos de ser incompreensível, agenda traços do mesmo na interseção com os outros. Percursos pelos refúgios da intencionalidade, até então, subversivos ao seu autor. A
A Ditadura da Razão Beto Colombo Filósofo Clínico Criciúma/SC Houve uma época conhecida como medieval em que a filosofia diminuiu e alguns filósofos até deixaram de fazer os questionamentos tradicionais: Quem Somos, De Onde Viemos, Para Onde Vamos. Nessa época, a principal ocupação dos filósofos era responder a pergunta fundamental que a ciência se propunha: Pra que? Não bastava conhecer, imaginar, sentir... Era preciso responder a que fim cada objeto, ser vivo, planetas e tudo mais se destinava, para que serviam. Assim, os filósofos medievais passaram a se empenhar para dar respostas às autoridades. Inserido nesse contexto, houve um homem conhecido como Kepler, nascido em Wurttemberg, atual Alemanha, que dedicou toda a sua vida a astronomia. Para Kepler, Deus não havia colocado os planetas daquele jeito no céu por acaso. Ele escreveu sua teoria acreditando que Deus era um grande Músico Geômetra e as regularidades matemáticas dos movimentos dos astros podiam ser decifrada
Convite para exposição artística Marilda Hill Maestrini Artista Plástica e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG "O som feminino do universo" Inauguração: 18/08/2010 às 20hs Local: Galeria Renato de Almeida no Centro Cultural Pró-música em Juiz de Fora/MG. Parceria: Pró-música e TV Alterosa. A abertura da exposição contará com a participação especial de Glaucux Linx, saxofonista internacional, o coral inclusivo Cecília Meirelles, coordenado por Cristina Hill Fávero e a exibição do vídeo: "matriarcado de Pindorama", realizado pelo núcleo de subjetividade e cultura da UFJF - coordenação: Denise Maurano.
A mulher que se divorciou de si mesma Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica A constituição de 1988 facultou a dissolução do casamento civil após separação judicial por mais de um ano. Mas antes disso, em 1977, já havia uma regulamentação. Naquela época, nas cidades de porte médio o divórcio era tido com reservas pela maioria e todo o modo como o processo acontecia facilmente descambava para o escândalo. Hoje, a situação é tão outra que em alguns círculos alguém que fique casado por mais de 10 anos deve estar com algum problema e é necessário que se investigue o que deu errado em tal casamento. Porém, há outras formas de divórcio. Um deles é o divórcio de si mesmo. Pode acontecer com pessoas que inventaram ou que descobriram que não têm nada a ver com elas mesmas, que não se suportam, e que não vão levar as coisas longe o bastante para terem um fim semelhante ao de Nietzsche, que padeceu de um colapso nas ruas de Turim. No Hospital de Caridade, na capital c

Visitas