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Adeus Gaiarsa* Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Nossa! Quanta perda em tão pouco tempo. Hoje faz uma semana que meu pai partiu e um dos meus mestres também resolve ir embora. Haja coração! Com ele aprendi muito sobre couraças, bionergia, muito da psicologia corporal e renascimento. Recebia sempre em primeira mão seus novos livros. Foram anos de aprendizagem e reflexāo. Aprendizagem e prática. Grande mestre. Pudemos fazer aqui em Juiz de Fora uma homenagem de gratidão à ele. Que bom! Onde há vida há morte. E a morte de um mestre como Gaiarsa deixa não apenas tristeza e falta, mas a responsabilidade de preservar seu trabalho. Sinto muita gratidão pelo mestre, amigo, terapeuta que deixa sua marca em todos aqueles que acompanharam suas idéias revolucionárias e libertárias. Nem sei, agora o que escrever. São tantas boas memórias desde do dia em que o conheci, que nem sei por onde começar. Uma coisa é certa. Ele viveu intensa e livremen
Consulta Pré-operatória e Filosofia Clinica* Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS A medicina no Brasil ainda é muito mais curativa do que preventiva. Pacientes costumam procurar o médico quando estão doentes e não quando estão saudáveis visando prevenir alguma moléstia. A saúde para alguns, é considerada um valor, mas para a grande maioria, só é lembrada no momento em que foi perdida. Partindo desta premissa, pode-se sugerir que as pessoas procuram os médicos não por desejo e sim por necessidade. A necessidade da cura é o que leva um paciente a procurar ajuda na medicina curativa, classificando assim, teoricamente, a medicina em uma categoria de serviços não desejados e sim, necessários. Quem se submete a uma cirurgia, o faz por necessidade e não por um simples desejo. Poderíamos citar como exceção, cirurgias estéticas, porém mesmo nestas situações, o paciente submete-se à cirurgia por sentir que este procedimento é necessário para seu embelezamento, pois pod
Ser Filósofo Clínico* "Então me senti como um observador dos céus. Quando um novo planeta desliza para o seu campo de vista; ou como o resoluto Cortês, quando com olhos de águia, contemplou o Pacífico e todos os seus homens entreolharam-se com um alucinado presságio (...)." John Keats O exercício clínico do Filósofo acontece em contextos de imprecisão e descoberta. Inexistem fórmulas prontas, verdades, aconselhamentos, receitas, testes ou orientações pré-determinadas. As dinâmicas de acolhimento e atenção com a vida desdobram-se no mundo como representação da pessoa. Um processo inicial de abertura anuncia a terapia. Ponto de encontro aos desdobramentos do papel existencial cuidador. A fundamentação teórica é conseqüência aproximada de 2.500 anos de Filosofia. A fundamentação prática descortina-se nos eventos de consultório. Propor uma leitura direta dos clássicos e tentar encontrar ali Filosofia Clínica, pode ser tarefa árdua. Esse trabalho foi feito por outro médico
Filosofia... Terapias... Filosofia Clínica! Ana Maria Frota Filósofa Clínica Teresina/PI “Quem é capaz de ver o todo é filósofo; quem não, não”. (Platão) A filosofia visa a ampliar constantemente a compreensão da realidade, objetivando apreendê-la na sua inteireza, portanto, filosofar implica em raciocinar, meditar, discutir argumentar questões diversas relacionadas às vivências e aos comportamentos do homem. Pois, a maneira como o homem se comporta, age, tem a ver com um grupo de fatores internos e externos que lhe são inerentes, tais como: sua visão de mundo, sua razão, suas emoções, suas verdades, seus valores, suas experiências, seus hábitos e etc., ou seja, conforme sua filosofia de vida. “A alma nos ordena conhecer aquele que nos adverte: ‘Conhece-te a ti mesmo’.” (Sócrates) Para Sócrates o homem é a sua alma. Ele entendia a alma como a consciência – atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade, daí, a sua celebre máxima “conhece-te a ti
O corpo fala? Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Em uma palestra que realizei na Faculdade de Goiatuba, em Goiás, para professores e alunos de Enfermagem, tratamos de alguns aspectos sobre o corpo, tal qual o entendemos pelas dimensões médicas; cabeça, tronco, membros. O corpo, em seus ritmos, desejos, necessidades, propensões, e uma série de elementos, pode estar ligado preponderantemente à sociedade dos homens. Neste caso, pode ter como espelho o que esta sociedade lhe diz para ser e estar. Alguns corpos aprenderam as regras sociais e coerentemente mostram o que a sociedade quer que mostre. O corpo pede, adoece, envelhece e morre muitas vezes programado por um relógio social ao qual segue com a sabedoria da obediência. Em tais casos, desentendimentos entre o que o corpo vive e as emoções, as buscas, os valores da pessoa costumam ocorrer. Mas há corpos cujos vínculos profundos dizem respeito aos pensamentos, muito mais do que elementos sociais que lhes possam afe

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