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Dédalo Beto Colombo Filósofo Clínico Criciúma/SC Talvez você nunca ouviu falar nada ou quase nada sobre Dédalo. E se eu colocasse o nome do artigo de Ícaro, tenho a impressão que mais pessoas conheceriam o assunto. Ícaro é o filho de Dédalo, um artesão famoso, patrono dos técnicos na Grécia Antiga. Dédalo colocou em seu filho Ícaro asas feitas de cera de abelhas e penas de gaivotas para que ele e seu filho pudessem fugir da Ilha de Creta e escapar do labirinto onde estava o Minotauro, aquele metade homem metade touro, e que se alimentava de carne de jovens atenienses. Dédalo foi o inventor das asas que os libertaram da ilha prisão e ao colocar as asas em seu filho Ícaro alertou, ou melhor, aconselhou “filho, voe moderadamente. Não voe alto se não o sol derreterá a cera e você cairá. Não voe muito baixo se não as ondas do mar o apanharão ou então a umidade pesará suas penas e você não chegará ao destino”. Dédalo voou moderadamente e chegou ao destino, mas viu seu filho Ícar
Agendamentos Olympia Filósofa Clínica São João del Rei/MG Montanha de Minas Mata virgem Casarão no pé da montanha Paredes branco gasto Janelas azul tempo Portas de madeira com borrões Muro de pedras e plantas Portões de ferro preto À esquerda Senzala Cacos de paredes Telhado demolido Degraus de pedra Colunas de madeira Argolas de ferro Lugar de nego fujão
Eternidade ou infinito? Sandra Veroneze Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Vira e mexe a humanidade se ocupa de algum modismo. Uma das ondas da hora é a gestão do tempo. Nos últimos anos, distribuir adequadamente as atividades durante o dia constitui uma espécie de diferencial competitivo no trabalho e na vida. É de bom tom que o sujeito tenha tempo para o trabalho, para a família, para os amigos, para o cachorro, para a prática de algum exercício físico, para o cinema, etc, etc, etc... Existem até consultorias especializadas em ensinar como organizar melhor o tempo. As dicas são diversas. Algumas inclusive bastante óbvias, como prever imprevistos (ótimo isso) e deixar “janelas” de horário entre um compromisso e outro. Outras são mais exóticas, como realizar reuniões de pé, de forma que o cansaço físico faça o cérebro tomar decisões mais aceleradamente. Tempo é dinheiro, não é mesmo? Por mais competentes e criativos que os ‘consultores do tempo’ sejam, a ditadura do relógio
Apontamentos sobre a ótica das lacunas* “(...) o que se encontra lá onde ninguém o tinha ainda encontrado (...).” Jacques Derrida Uma incerta busca para oferecer depoimentos sobre os incríveis momentos na década de 90 me fez acreditar na possibilidade de divulgar, tal qual se apresentavam, os desdobramentos das primeiras sessões. Hoje vejo os eventos de consultório como instantes únicos, irrepetíveis e nem sempre possível de compartilhar. Naqueles dias pensava em ter um registro das primeiras repercussões: críticas e ressentimentos, inseguranças e temores, esperanças e sonhos. Agora consigo ver melhor as desavenças iniciais como aliadas na legitimação do novo paradigma. Longe de desmerecer o método da filosofia clínica fortaleceram a idéia de paradoxo com aquilo que se buscava superar. A conversação com amigos e colegas ia mostrando a melhor resposta para o infortúnio das verdades satisfeitas: trabalho, trabalho, trabalho. Não tínhamos tempo para o famigerado debate acadêmic
Fragmentos filosóficos delirantes XV* "O indizível gera uma poesia que ameaça continuamente ultrapassar os limites do dizível." "Eu queria derrubar a fronteira entre a minha vida e literatura o máximo possível." "O equilíbrio na corda bamba não pode ser realmente ensinado: é algo que se aprende sozinho." "Como tal, Artaud é uma espécie de poeta das origens, cuja obra descreve os processos de pensamento e sentimento antes do advento da linguagem, antes da possibilidade da fala." "Trata-se de um artista que pinta da mesma forma que respira. Ele jamais se limitou a criar objetos bonitos, mas procurou, no ato de pintar, tornar a vida possível para si. Por isso, sempre evitou soluções fáceis e, cada vez que descobriu que sua obra se tornava automática, interrompeu completamente o trabalho."** "(...) a perpétua novidade de sua obra deriva do fato de que pintar não é algo que ele pratique e depois separe de si, mas uma luta ne

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