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Cativar Beto Colombo Filósofo Clínico Criciúma/SC O Príncipe encontrou-se com um bichinho em um distante mundo, bichinho esse que ele nunca havia encontrado antes, uma raposa. A raposa lhe disse: - Você quer me cativar? - O que é isso? – Perguntou o menino. - Cativar é assim. – Disse a raposa: - Eu me assento aqui, você se assenta lá, bem longe. Amanhã a gente se assenta mais perto e assim aos poucos, cada vez mais perto... O tempo passou, o Principezinho cativou a raposa e chegou a hora de partir. - Eu vou chorar. – Disse a raposa. - Não é minha culpa. – Desculpou-se a criança. – Eu lhe disse, eu não queria cativá-lo. Não valeu a pena, você percebe? Agora você vai chorar! - Valeu a pena sim. – Respondeu a raposa – Quer saber por quê? Sou uma raposa, não como trigo, só como galinha. O trigo não significa absolutamente nada para mim, mas você me cativou. Seu cabelo é louro e agora, na sua ausência, quando o vento fizer balançar o campo de trigo eu ficarei feliz pens
Fragmentos filosóficos delirantes XXI* "O estilo é o modo de formar, pessoal, irrepetível, característico; a marca reconhecível que a pessoa deixa de si na obra; e coincide com o modo como a obra é formada. A pessoa forma-se, portanto, na obra: compreender a obra é possuir a pessoa do criador feita objeto físico." "Para aquém da ciência está a atitude do primitivo, para quem as distinções não existem e o mundo é um 'continuum' de eventos associados de forma mágica." "(...) na experiência da beleza a alma humana tem a sensação daquilo que a supera, o apelo tangível do além, e na melancolia que sobrevém o testemunho de uma natureza exilada no imperfeito, aspirando ao infinito apenas revelado." "(...) enquanto o alegorismo clássico apresentava para cada figura um referente absolutamente preciso, o simbolismo é simbolismo 'aberto', justamente porque quer ser, antes do mais, comunicação do indefinido ou do ambíguo, do polivalente.&q
Fragmentos filosóficos delirantes XX* "Não há linha reta, nem nas coisas nem na linguagem. A sintaxe é o conjunto dos desvios necessários criados a cada vez para revelar a vida nas coisas." "A saúde como literatura, como escrita, consiste em inventar um povo que falta." "Nesse sentido as coisas são mais perigosas que os seres humanos: eu não as percebo sem que elas me percebam; toda percepção como tal é percepção de percepção." "É como se alguns caminhos virtuais se colassem ao caminho real, que assim recebe deles novos traçados, novas trajetórias. Um mapa de virtualidades, traçado pela arte, se superpõe ao mapa real cujos percursos ela transforma." "Félix Guattari definiu bem, a esse respeito, uma esquizoanálise que se opõe à psicanálise: 'Os lapsos, os atos falhos, os sintomas são como pássaros que batem com o bico na janela. Não se trata de interpretá-los. Trata-se antes de detectar sua trajetória para ver se podem servir de
Saudações! Trago em nome do EMCANTAR boas notícias quanto ao nosso projeto, Palavras que Brincam, que já começou a ser executado em Uberlândia propagando música e literatura nas escolas. Fomos calorosamente recebidos pelas instituições durante as apresentações e pretendemos publicar em nosso site todos os principais acontecimentos relativos às atividades. Por isso, a cada atualização, notificaremos todos por este grupo de e-mails para que possam acompanhar também. Por enquanto, duas notícias já estão no ar. Confiram: Projeto "Palavras que Brincam" é apresentado nas escolas Música e literatura na escola é a base da iniciativa, que se consolidou como Ponto de Cultura. Para ler: http://emcantar.org Começam as oficinas do "Palavras que Brincam" Bate-papo, dinâmicas e reflexões alimentaram as expectativas para o projeto em 2011. Para ler: http://emcantar.org Outras informações tanto sobre o Palavras que Brincam como também sobre outros projetos do EMCANTA
Vida Poesia – Inspiração Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Nossa! Fiquei emocionada com o texto de José Castelo, no Prosa & Verso do jornal 'O Globo': O poeta do nada. Respirei fundo ao ler: “O poema é mensagem que o poeta envia a si mesmo a respeito de algo que desconhece. Ele lacra em um envelope- o poema. Quando chega ao leitor, a mensagem também continua indecifrável; por mais que tente, ele não consegue abri-la. Tudo o que lhe resta são palavras. Ler um poema é tentar rasgar um envelope inviolável. Os poemas escrevem no escuro, mas alguns, além disso, escrevem de olhos vendados. Lacrados em si mesmos, recusam-se a ver. A escrita se torna, então, a luta para inventar um sexto sentido, que substitua a visão mutilada. Eis o que chamam de poesia” Meu lado muitas vezes poeta, então, desliza: O desconhecido em mim, São os gritos da alma Ou da sombra, que Esperam ser ouvidos do outro lado, Nas outras sombras e nas outras alma
Remédios existenciais Marcelo Osório Costa Filósofo Clínico Belo Horizonte/MG Presenciamos quase todos instantes dores existenciais nas pessoas. Essas dores têm diversas causas, formas de manifestar e maneiras de resolvê-las. Mas, o que é uma dor existencial? Ela é diferente de uma dor física que pode ser sentida nos próprios órgãos físicos humanos como, por exemplo, uma dor de cabeça, de estômago, uma dor na ponta do pé, etc. Ela também é diferente de uma dor psicológica como uma depressão, uma neurose, uma psicose, etc. Uma dor existencial, como próprio nome diz, faz parte da existência das pessoas, ou seja, ela pode ter como causa fatores advindos de algo físico, psicológico, social, econômico, familiar, etc. Uma pessoa que está infeliz em seu casamento trazendo um vazio existencial porque não tem mais sentido estar com a pessoa ao lado e tem como busca a separação; uma dor de cabeça que não se sabe a causa e após tomar alguns medicamentos não teve a solução esperada e pod
Interconexões e universos particulares Sandra Veroneze Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Cada pessoa é um universo em particular, com seu conjunto de qualidades, defeitos, talentos, manias, perspectivas, sonhos. Quando conhecemos alguém, temos em nossa frente o ‘produto acabado’ de suas escolhas do passado, e que portanto podem torná-la, em nossa vida, de fato um ‘presente’ ou um grande transtorno, até mesmo algo indiferente ou então apropriado somente para momentos muito específicos. Algumas pessoas parecem viver no futuro. Estão o tempo todo planejando, organizando novas ações, investimentos, atividades, geralmente se resguardando para uma vida melhor lá na frente. Outras vivem intensamente o presente, o aqui e agora, porque não sabem como será o amanhã e portanto o que importa é aproveitar enquanto há tempo. Outras pessoas, ainda, vivem no passado. Revivem com frequencia, em suas lembranças, fatos felizes de outra fase da vida. Às vezes, nem tão felizes. O fato é que os anos
Estrutura de Pensamento Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Teresópolis-RJ Aproximando-se do primeiro ano desde o início dos estudos em Filosofia Clínica, posso afirmar que não sou mais o mesmo. A AUTOGENIA produzida ao longo desses meses em minha ESTRUTURA DE PENSAMENTO marcou profundamente o modo como O MUNDO ME PARECE. O que ACHO DE MIM MESMO foi mais esclarecido, e acabei adquirindo um autoconhecimento maior. Minha INTERSEÇÃO com as pessoas passou a ser melhor. Os PRINCÍPIOS DE VERDADE que carregava, e carrego, dentro de mim, não foi mais empecilho para aceitar ou pelo menos procurar entender os PRÉ-JUIZOS das pessoas com as quais me relaciono. Passei a compreender as pessoas mais voltadas para o SENSORIAL e passei a não mais cobrar o aspecto ABSTRATO de quem não as tem como características pessoais determinantes. Aceitei mais as EMOÇÕES em seus vários modos de SEMIOSE, por compreender que nem todas as pessoas funcionam baseadas na EPISTEMOLOGIA. Pude ver que pessoa
Fragmentos filosóficos delirantes XIX* "Engano pensar que a arte afaga:/ ela me puxa pelos cabelos,/ me lança no olho/ da ventania." "Se me quiseres amar,/ terá de ser hoje:/ amanhã estarei mudada." "Não sou áspera nem amena:/ estou na vida como o jardineiro/ se entrega em cada rosa:/ corte, sangue, dor e aroma,/ para que a beleza fique na memória/ quando a flor passa." "Opto pela loucura, com um grão/ de realidade:/ meu ímpeto explode o ponto,/ arqueia a linha, traça contornos/ para os romper." "Não se enganem comigo:/ se digo sul pode ser norte,/ chego mas fico ausente,/ o triste é também o belo,/ procuro o que não se perde/ nem se pode encontrar." * Lya Luft
Fragmentos filosóficos delirantes XVIII* "Quanto maior o pintor, mais nos faz trabalhar. A obra que ele nos propõe sugere mais do que especifica. Desafia nossa visão, obriga-nos a completar os traços, a preencher cores. Está aberta; muda enquanto estamos olhando." "O indefinível era melhor do que o específico, ainda que exótico. Buñel, além disso, sonhava em introduzir sorrateiramente algumas informações falsas em todos os seus filmes, como que para minar e desviar ligeiramente o rumo da história e da geografia; a verdade fiel o aborrecia tanto quanto um espartilho apertado." "Por ter muito para ver, nossos olhos, com freqüência, não conseguem ver mais coisa alguma." "O autor é duplo, triplo, às vezes múltiplo. Em vez de separar e compartimentalizar, está fundindo diferentes níveis. Ele é ao mesmo tempo consciência e inconsciência, determinação e aleatoriedade. Ele é um movimento incessante, que pode até parecer anormal e gratuito, é uma busca
Quer tomar um café comigo? Rosângela Rossi Filósofa Clínica e Psicoterapeuta Juiz de Fora/JF Lá fora o sol se põe pintando o céu de múltiplos matizes róseos lilázes. Nenhuma nuvem aparece, pois os ventos a levaram para as montanhas. O momento convida a quietude. Pausa para o cafezinho da tarde. Neste momento sublime gostaria de ter muitos comigo. Entre eles você que compartilha desta mesma viagem pelos livros, filmes, meditações, poesia e sobretudo do amor pelo humano. Então, quer tomar café comigo e ler os poemas de Fernando Pessoa? Quer assistir o filme vietinamita " O cheiro do papaia verde", de Tran Anh Hung? Admirar as obras de Botticelli , " O Nascimento da Vênus" ? Ou simplesmente sentar no jardim e admirar o entardecer em silêncio, sentido a poesia deste momento e o cheiro bom do café que preenche o ar de carinho? Deixamos passar os bons momentos, pois a agitação dos 'tem que' deste mundo superconsumista vai deixando de lado o que
Bem-vindo, Kairós Sandra Veroneze Filósofa Clínica Porto Alegre/RS De todos os deuses, há um que desperta em mim uma curiosidade especial. É Kairós, o deus da oportunidade. Ele tem asas nos pés e cabelo longo somente na parte frontal da cabeça. A mensagem, embora simbólica, é muito objetiva: se você quiser agarrar uma oportunidade, que seja de frente, porque a chance pode ser única, rápida e rara. Quando pensamos em oportunidade, a tendência é buscarmos na lembrança ou nas expectativas algo de grandes proporções. Entendemos como oportunidade algo gigante, capaz de empreender extraordinárias mudanças na nossa vida. É uma super promoção em se tratando de trabalho, é um grande amor em se tratando de vida afetiva. Outra tendência é imaginarmos que oportunidade é um presente que nos é dado pelo destino, independente de nossas ações. Algo que vem de fora, como se fôssemos sorteados pela grande roda da vida para recebermos aquele benefício. Particularmente, sou um tanto cética qua
Programação do cineclubeuai para fevereiro de 2011: Macunaíma - dia 06 de fevereiro 1969/ RJ / Ficção / 105 min Direção:Joaquim Andrade Barravento - dia 13 de fevereiro 1961/ BA / Ficção / 80 min Direção:Glauber Rocha Deus e o Diabo na terra do sol - dia 20 de fevereiro 1964 / RJ / Ficção / 125 min Direção:Glauber Rocha Duas aldeias, um caminho - dia 27 de fevereiro 2008 / Guarani-Mbya / 63 min Direção:Germano Beñites; A. Ortega; J. Morinico Mariana Fernandes Filósofa Clínica e Coordenadora São Tiago/MG

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