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Grotão Olympia Filósofa Clínica São João del Rei/NG Nos caminhos do vale Andando pelos grotões Vendo o Rio Jequitinhonha Contemplando o Universo Vejo uma nuvenzinha Conversando com as montanhas Conversa de pé de ouvido Trocam segredos e carinhos
O discurso de cada um Luana Tavares Filósofa Clínica Niterói/RJ Cada um de nós tem um discurso próprio, uma forma de verbalizar o mundo. Às vezes compreensível, estruturado, coerente, mas tantas outras vezes nem tanto assim. Muitos apenas deixam transparecer o que lhes vai à alma; outros se descabelam de tanta expressão. Algumas destas expressões são múltiplas e abrangem olhares, toques, sons, paladares e cheiros e também muitos outros sentidos que não podem sequer ser mencionados, tomando a atenção do outro por inteiro. Inúmeras outras expressões, entretanto, se recolhem e se manifestam somente para poucos escolhidos. Muitos mesclam momentos de recolhimento com outros de euforia, nos lembrando que podemos ser imprevisíveis até mesmo dentro de nossa linearidade. Não há um discurso igual ao outro, como não há necessariamente uma imposição de padrões nos discursos já conhecidos, simplesmente porque estes podem mudar. Quantas vezes, quando supomos já conhecer nossos partilha
Fragmentos filosóficos delirantes XXXI* "Vivo no infinito; o momento não conta. Vou lhe revelar um segredo: creio já ter vivido uma vez. Nesta vida também fui brasileiro e me chamava João Guimarães Rosa" "Às vezes, quase acredito que eu mesmo, João, seja um conto contado por mim" "Não gosto de falar em infância. É um tempo de coisas boas, mas sempre com pessoas grandes incomodando a gente, intervindo, estragando os prazeres. Recordando o tempo de criança, vejo por lá excesso de adultos, todos eles, os mais queridos, ao modo de policiais do invasor, em terra ocupada" "Mas, tempo bom, de verdade, só começou com a conquista de algum isolamento, com a segurança de poder fechar-me num quarto e trancar a porta. Deitar no chão e imaginar estórias, poemas, romances, botando todo mundo conhecido como personagem, misturando as melhores coisas vistas e ouvidas" "Quando a gente dorme, vira de tudo: vira pedras, vira flor. O que sinto, e esfor
Fragmentos filosóficos delirantes XXX* "Não mais trarei justificações Aos olhos do mundo. Serei incluído ” Pormenor Esboçado ” Na grande bruma. Não serei batizado, Não serei crismado, Não estarei doutorado, Não serei domesticado Pelos rebanhos Da terra. Morrerei inocente Sem nunca ter Descoberto O que há de bem e mal De falso ou certo No que vi." "Se a noite persegue minha vida, deposito monstros no aquário. Os peixes caminham no asfalto e as mulheres usam gravatas. Minha alma, meu desejo, minha imobilidade. Apenas eu! Danço a quimera dos solitários e o presságio dos carecas." "Dêem-me um anestésico. A vida dói e arde. Não sei controlar meus impulsos demoníacos. Não acredito em forças de outro mundo. Sou eu, meus versos e o perigo das frações." "Um poema, um segmento refratário. Não sei de mim. As idéias são espasmos, e as palavras, coisa inútil. Seria senil e insano se acreditasse no amanhã. Vivo esse segundo que se
Estando em meio a criação de uma obra Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Isso mesmo. Em meio as palavras , lá vou, caminhando Mergulhada até a alma... Sentindo, chorando e rindo Escrevendo, criando e fluindo Pura alma, coração aberto as acontecências Que o texto traz de surpresa. Nem mais sei, quem são os personagens ou eu. Sou todos no exercício da criação Como diz o poeta Walt: "sou vasto, contenho multidões". E multidões de mim, meus vários eus Vão construíndo a obra e me construindo. Não sou mais a de antes destas 400 páginas Que se prepara para o parto na revelação desvelada. Entregar- me é um também um exercício de coragem Basta ler o título da obra Que vem arrepios dos quatro cantos da terra Na transgressão a tradição. Fica a curiosidade... A ansiedade do guardar a hora certa Faz pulsar os muitos em mim. Louca ou artista. Não sei definir. Mas, que tem sido incrível Não posso negar nesta confissão, Que sai n

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