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O paradoxo da novidade. Jussara Hadadd Terapeuta sexual e Filósofa Clínica Juiz de Fora-MG Você está preso e acredita que só pode viver dentro dos padrões e dos conceitos enraizados em sua mente a partir e até quando sua personalidade foi formada, até quando sua linha de pensamento foi formatada pelas pessoas e pelos meios que influenciaram sua vida e a maneira como deveria viver, dentro dos limites do certo e do errado, contextualizando a sociedade e você dentro dela. Você caiu em uma armadilha e agora não consegue se libertar. Você nem ao menos sabe que precisa se libertar. Todo mundo diz que você poderia mudar nisto ou naquilo, para ser visto como alguém menos polêmico ou menos chato, mas você não enxerga o caminho para a mudança. Formou seus conceitos, plantou seus valores e só sabe viver dentro deles. Um exemplo: muitos homens acreditam que em muito pouco tempo de casamento o interesse sexual por suas mulheres deve acabar e que eles, porque são homens e não podem mais f
Fragmentos filosóficos delirantes LII* Acontece amiúde que as verdadeiras tragédias da vida apareçam de forma antiestética, que nos ofendam com a sua crua violência, a sua incoerência absoluta, a sua absurda falta de sentido, a sua total falta de estilo. Agem sobre nós da mesma forma que a vulgaridade. Dão-nos a impressão da mera força bruta, contra a qual nos revoltamos. De vez em quando, no entanto, uma tragédia que possui os elementos da beleza passa pelo nossa existência. Se estes elementos de beleza forem verdadeiros, despertarão o sentido dramático que existe em nós. De repente percebemos que já não somos os protagonistas de um drama, mas sim os espectadores. Ou então somos as duas coisas juntas. Assistimos ao espetáculo de nós mesmos, e somos tomados pela maravilha do espetáculo. *Oscar Wilde
Fragmentos filosóficos delirantes LI* "Vens da pobreza das casas do Sul, das regiões duras com frio e terremoto que quando até seus deuses rodaram á morte nos deram a lição da vida na greda. És um cavalinho de greda negra, um beijo de barro escuro, amor, papoula de greda, pomba do crepúsculo que voou nos caminhos, alcanzia com lágrimas de nossa pobre infância. Moça, conservaste teu coração de pobre, teus pés de pobre acostumados às pedras, tua boca que nem sempre teve pão ou delícia. És do pobre Sul, de onde vem minha alma: em seu céu tua mãe segue lavando roupa com minha mãe. Por isso te escolhi, companheira." *Pablo Neruda
Passos da arte de tornar-se Mônica Aiub Filósofa Clínica São Paulo-SP "O papel do filósofo clínico, longe de ser aquele que promove a separação, o desconectar-se do real, é acompanhar a pessoa em sua construção, provocando-a a olhar para a realidade na qual se insere, e a encontrar, nesta realidade, os elementos para modificar a si mesma e ao mundo ao seu redor" "Observe que não se trata de isolar o partilhante de seus contextos, de compreendê-lo de modo subjetivista, pois o filósofo clínico pretende observar a singularidade do partilhante na coletividade na qual ele se insere. Interessa conhecer como a pessoa se tornou o que é, como ela interpreta o vivido, situando-se no mundo e interagindo. Interessam as relações" Dessa ideia, surgiram algumas questões: Como isso ocorre nos consultórios de filosofia clínica? Como se dá o processo de construção de si mesmo? Ao respeitar a singularidade, não se tornaria um trabalho subjetivista, podendo levar a pessoa a
Estudo da Personalidade Estereotipada do Homem Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Wilhelm Reich, um filósofo do corpo, escreveu em um verão, em 1946, um pequeno texto para uso interno de seu Instituto. Nesse escrito ele mostrava, entre outras coisas, o que o homem comum, classe média, homem universal de sua época, fazia a si mesmo. Sua visão de manada, suas reações de coisa, sua alma encarcerada. No consultório, aquele breve texto de Reich, Escuta, Zé Ninguém!, encontra atualizações várias. No meu trabalho em consultório, como filósofo clínico, atendo pessoas em diversas cidades pelo País, ecos de estereotipia, que levam a atualizações do texto de Reich, ecoam. Vejamos um deles. As mulheres deveriam saber, já que muitas parecem não ter notado, que homem é um ser em extinção. Algumas conseguem um exemplar em oficinas, igrejas, indústrias, com muita dificuldade, pois existem imitações ordinárias. É urgente um movimento que hasteie cuecas, camisetas de educação física
Inteligência Coletiva Beto Colombo Empresário Filósofo Clínico Coordenador da Filosofia Clínica na UNESC Criciúma-SC “Penso, logo existo”, já disse o filósofo Descartes. Uma das diferenças do homem com os outros animais é o fato dele pensar. No entanto, fico impressionado ao ver como algumas pessoas preferem não pensar e não desenvolvem uma das competências mais importantes para o mundo moderno: aprender a pensar. É claro que para algumas pessoas o exercício do pensar dá trabalho, dói medularmente. Quem se dispõe a “queimar neurônios”, quando podemos receber quase tudo “de mão beijada”? No entanto eu vejo que sem o exercício da reflexão, corremos o risco de ter vidas vazias, como folhas mortas levadas pelo vento de um lado ao outro. Precisamos aprender a pensar. Talvez só assim tomaremos as decisões mais acertadas. Em 1995 participei, em nossa empresa, de um seminário designado “Como Empresas Competitivas Aprendem a Aprender”. Durante três dias seguimos um método próprio
Noite Invernal Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora-MG A noite foi chegando mansamente O frio dentro e fora me convidando ao acolhimento sob os cobertores. Mas,o sono fugiu... Cantei uns mantras em meditação, orei. E, o sono correu... Minha alma em festa, serenamente esperou. Porém, o sono não surgiu... Sorrindo e em paz decidi ler poesia. E o calor do instante acendeu minha alma, quando li sobre kabir: Ele diz: "Tem-se que procurar pela beleza. Ela está em todo lugar; Toda natureza está plena de beleza. E a beleza não é nada mais que Deus escondido. Toda a beleza é d'Ele". Arrepiei, não de frio, mas de emoção. E continuei lendo: "Cada flor é um convite, um encontro marcado com Deus". kabir poetizou: "Meu coração está delirante, E exponho na minha alma o que está escondido. Estou imerso na grande felicidade Que transcende todo prazer e toda dor". ...e o sono não mais teve espaço, nesta n
Ritmo interno x metas x limites Sandra Veroneze Filósofa Clínica Porto Alegre-RS Vivemos em uma sociedade, especialmente em sua face profissional, empresarial, de negócios, que hipervaloriza características como força, foco, resiliência, resistência, determinação... De modo geral, acredita-se que esses predicados proporcionam que se chegue mais próximo das metas e objetivos pretendidos. A contrapartida de satisfação é estresse, cansaço, desânimo, quiçá também doenças, problemas de saúde, afetivos, etc, dependendo de quanto e como cada um lida, melhor ou pior, com a pressão. Para alguns, a adrenalina do último momento é fundamental para manter o brilho e a vibração, para o desespero de quem prefere atuar com prazos mais dilatados, planejamentos, agendas milimetricamente calculadas. Certo e errado, diante da total diversidade de pessoas, situações, modus operandi, é uma lógica que, aqui, cai por terra. Inclusive por ser o constructo de cada um, a partir de vivências, que deter

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