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Protocolos sociais Sandra Veroneze Filósofa Clínica Porto Alegre-RS Outro dia acompanhei um debate acalorado sobre as escolhas de duas pessoas, uma relacionada a afetividade e outra a imagem pública. Para fins didáticos, vamos considerar aqui personagens A e B, respectivamente. Nosso personagem A, feminino, havia saído de um relacionamento homossexual, disposto a encontrar agora o homem de sua vida. O sujeito, conforme as orientações da mãe da moça, deveria ser rico, de boa família, e disposto a dar a sua filha uma vida doméstica de conforto material, filhos saudáveis, viagens e muitos mimos, isentando-a dos dissabores e dificuldades de uma vida profissional. Nosso personagem B queria trocar o carro por um importado, terminar de pagar o apartamento em um dos melhores bairros da cidade, e assumir um ar mais charmoso, renovando o estilo a partir de suas roupas e corte de cabelo. Para isso, logicamente, contava com a possibilidade de um auxílio da família, especialmente da m
Fragmentos filosóficos delirantes LIV* "Já te despedes de mim, Hora. Teu golpe de asa é o meu açoite. Só: da boca o que faço agora.. Que faço do dia, da noite.. Sem paz, sem amor, sem teto, caminho pela vida afora. Tudo aquilo em que ponho afeto fica mais rico e me devora." " Respirar, invisível dom - poesia! Permutação entre o espaço infinito e o ser. Pura harmonia onde em ritmos me habito. Única onda, onde me assumo mar, sucessivamente transformado. De todos os possíveis mares - sumo. Espaço conquistado. Quantas dessas estâncias dos espaços estavam já em mim. E quanta brisa Como um filho em meus braços. Me reconhece, ar, nas tuas velhas lavras .. Outrora casca lisa, Céu e folhagem das minhas palavras." *Rainer Maria Rilke
Fragmentos filosóficos delirantes LIII* "Nos galhos secos de uma vida afora. Há certo convite lido num subtexto... Há dialeto enrugados de linguagens. Estágios de bichos, pedras, vegetais... Infância gaguejante na liberdade da língua. Há crianças! Poetas colorindo fábulas num tom de metamorfose. Há seres gramaticais que irrompem em certas madrugadeiras... e isso são homems de galhos secos vida afora!" "A fala tinge de branco o que a incerteza nos impõe: o silêncio!" "A solidão me madurou de borboleta... Estou apto. Já posso discursar com minhas paredes." "Fui interno durante longos dias... até que me encontrei." "Aos poucos os dias azuis e brancos... Ritimam entre os cinzas e negros (numa lentidão simbólica)... Assim nasce: o que invariavelmente chamamos de espera..." *José Carlos Djandre Rolim
Futilidade e Preconceito "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". Patrícia Rossi Advogada, Filósofa Clínica Juiz de Fora - MG Antes de começar essa reflexão, quero me ater a alguns conceitos. O primeiro deles é de futilidade, ser fútil, que segundo o dicionário, quer dizer: fú.til : adj (lat futile) 1 Leviano, frívolo. 2 Vão, inútil. 3 Que tem pouca ou nenhuma importância. Agora tenhamos o significado de individualidade: sf (individual+dade) 1 O que constitui o indivíduo. 2 Conjunto das qualidades que caracterizam um indivíduo. 3 Filos A parte imperecível e imortal do homem. Distingue-se da personalidade, que perece quando o homem abandona a existência física. É a partir desses dois conceitos que quero refletir. O que realmente é ser fútil? Essa palavra tem sido usada tanto ultimamente, como forma de preconceito e crítica a diversas pessoas, poder diversos comportamentos que são ou deixam de ser o padrão que a sociedade, leia-se, a "elite que se acha in
Mera Coincidência Beto Colombo Empresário Filósofo Clínico Coordenador da Filosofia Clínica na UNESC Criciúma-SC Aldous Huxley, em sua obra O Admirável Mundo Novo, livro da década de 30, narra um futuro no qual a sociedade é regida por castas e os males, os problemas, dúvidas, inseguranças, quem sabe depressão, stress, tristeza, euforia, hiperativismo seria controlado pelo consumo de uma droga sem efeitos colaterais aparentes, chamada de “soma”. Qualquer semelhança é mera coincidência. Profetizando os nossos tempos? Em meu artigo de hoje, desejo me ater somente numa parte do livro. Refiro-me a parte onde as crianças eram ensinadas a odiar as belezas da natureza porque as árvores, flores e paisagens nos dão prazer gratuito, e isso, o prazer gratuito, é muito ruim para a economia. Em contrapartida a isso, elas eram ensinadas a amar as coisas artificiais. Um exemplo? Vamos a ele: “É economicamente prejudicial ter prazer em remar num lago tranquilo”, argumentavam os defensore

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