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Pensar? Para que pensar? Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Somos viciados em receber tudo pronto. Pensar? Para que pensar? Se tudo já vem enlatado, deformado em informações programadas. Questionar, para que questionar? Mais fácil ser conduzido pelas ideologias dominantes. Ser massa e rebanho. Para ser aceito pela alienação da maioria. Ligamos a TV e ficamos paralisados vendo todos os mais fantásticos recursos tecnológicos nos ensinando o que devemos ou não fazer. Acreditamos que todo o televisivo é a verdade absoluta. Ser ou não ser. Relatividade. Dúvida. Interrogação. Angústia. Para que vamos complicar a vida? Sombra? Queremos apenas a perfeição. Acreditamos que a vida é apenas isto. O que os outros nos dizem que deve ser e é, passa a ser o dogma estabelecido. O ‘pode ser’ ou ‘não ser’ não tem lugar no nosso dicionário diário. Gente maluca estes tais filósofos. Complicam a vida. Andam na contra mão e questionam tudo. Nada respondem,
Viajar... Olympia Filósofa Clínica São João del Rei/MG Banho de poeira Sacolejar Despertar a menina Alma tagarelar Degustar Água Benta Berço do Rio São Francisco
Ser ou Não Ser Beto Colombo Filósofo Clínico. Coordenador da Filosofia Clínica na UNESC. Empresário. Criciúma/SC Questões existenciais, quem não as tem? Pois é, talvez, quem sente é quem sabe. A frase “ser ou não ser eis a questão”, originária da peça A Tragédia de Hamlet – Príncipe da Dinamarca, de William Shakespeare, é uma prova inconteste que as questões existenciais estão aí, há séculos. A cena que sempre me vem a mente é Hamlet, o personagem principal, com uma caveira na mão questionando se vale a pena continuar vivendo e sofrendo ou tirar-lhe a própria vida. No início do ato III, cena I, Hamlet declama: “Será mais nobre sofrer na alma pedradas e flechadas do destino feroz ou pegar em armas contra o mar de angústias e combatendo-o, dar-lhe fim?” Shakespeare, ao escolher tal frase, “ser ou não ser eis a questão”, talvez não imaginasse tantas interpretações dessa frase longe daquele contexto. A frase pode ser entendida como uma alegoria qualquer “faço isso ou não faç
David, campeão do mundo Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Dia 14 de junho, um dia antes do Brasil estrear na Copa, um pequeno jornal catarinense publicou o seguinte artigo que escrevi: Você já leu alguma coisa de Charles Dickens? Eu gosto muito daquele livro chamado David Copperfield. É aproximadamente uma autobiografia e David é uma criança de quem gostei logo às primeiras páginas. Bem, Charles Dickens costuma arrumar as coisas de modo intenso, raramente deixa de exagerar e não despreza nenhuma banalidade que possa ser engraçada.Uma das coisas que me chamavam a atenção é como situações complexas se resolviam subitamente, no momento exato em que precisavam ser resolvidas, na história de Charles Dickens. Eu penso em Dunga, em Kaká, Robinho e os demais dungas daquela seleção. Desejo que eles conheçam David Copperfield, que saibam que a bola é o detalhe importante da coreografia da vida. A telinha mostra somente aquele balãozinho branco indo e vindo, deixa de lado to
Fragmentos filosóficos (nada) delirantes LX* "Rotular os indivíduos que se sobressaem, ou que são incapacitados por problemas da vida, de 'doentes mentais' apenas impediu e retardou o reconhecimento da natureza política e moral dos fenômenos para os quais se dirigem os psiquiatras." "O homem em sociedade é como um enxadrista que conhece bem as regras do xadrez." "A visão de que as chamadas doenças mentais são mais idiomas do que doenças não foi ainda adequadamente articulada, nem suas implicações totalmente apreciadas." "Parece-me que o que Piaget identifica como desenvolvimento 'normal' da criança é efetivamente o tipo de desenvolvimento que ele considera desejável, e que muitos membros das classes média e alta da sociedade ocidental contemporânea também considerariam desejável." *Thomas S. Szasz. Médico. Professor de psiquiatria na universidade estadual de Nova York.
Carinho Sandra Veroneze Jornalista e Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Outro dia estava sentada na praça central de uma cidade do interior, deliciando-me com um dos meus exercícios preferidos: observar. O meu olhar se interessa por pessoas, animais, plantas, detalhes das casas e tudo mais que possa compor o cenário. Como há alguns dias estava frequentando esta praça, e apaixonada por bichinhos que sou, acabei fazendo amizade com um cachorrinho viralata todo preto, lindo, que passa seus dias desfilando seu charme por aí e ansioso por carinho e bom trato. Pois este cachorrinho, que é um doce de amável, caiu na antipatia de um menino, que insistia em lhe dar chineladas. Observei a cena e comecei a me irritar. Disposta a defender o cão, me ergui e fui até o local onde agora estavam o cachorrinho, o menino, e mais duas meninas que defendiam o animal. Perguntei ao menino porque batia no cão e a resposta foi de este o havia mordido, ou tentado, afirmativa diante da qual as meninas
Existências que se tocam Luana Tavares Filósofa Clínica Niterói/RJ Há pessoas que não conseguem ser esquecidas... Por mais que se esforcem... não conseguem. São como diamantes raros, belos e multifacetados que concentram em si o sentido da eternidade na qual interferem e transferem ao outro o dom de possuir algo que não deveria nunca ser explicado. Há pessoas que seduzem e impregnam o outro como se fluidos fossem, sem permissão, deixando muitas vezes um legado que se aproxima da perplexidade. Há pessoas que conferem autonomia, poder, reconhecimento pelo simples movimento da existência, traduzidas pela palavra que se insinua, pela fugaz troca de olhar, pelos sentires intensos. Pessoas assim existem... e isso basta! Não há como explicar... E para que explicar o que não se entende? Para que entender o que não se explica? Para que formalizar o que o coração não suporta? Estas pessoas, por serem tão vastas, permanecem um mistério, onde o amor e a admiração muitas vezes se c

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