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Fragmentos filosóficos delirantes LXI* "Casanova não é um gênio pelo modo com que descreve sua existência, e sim pelo modo de vivê-la." "A eficácia de toda terapêutica, que tem a fé por base, aumenta com a contribuição de um cerimonial mágico ou religioso." "Os enfermos não se preocupam com o fluido, nem o como nem o porque: limitam-se a precipitar-se para o mago, impelidos pela fama de sua novidade e atraídos pela esperança." "Desde as fórmulas do exorcismo dos antigos até a teriaga e os excrementos cozidos de rato da idade média e o rádio de nossos dias, todos os métodos de cura, devem uma grande parte da sua eficácia à vontade de sarar, ingênita no enfermo, e em tão alto grau que o veículo eventual, base dessa fé, seja imã, hematias ou injeções, em grande número de enfermidades, pode dizer-se que é supérfluo comparado à energia que possui o enfermo e que é a que dá eficiência real ao medicamento." "A própria natureza é o 'mé
Os filhos nossos de cada dia Luana Tavares Filósofa Clínica Niterói/RJ Hoje quero falar de filhos. Mas não importa muito a que filhos me refiro. Filhos podem ser de muitas naturezas. Podem ser tantas coisas... de infinitas e diferentes origens. Quem sabe sejam aqueles sonhos que acalentamos, ou as nossas incertezas que nos perseguem, ou ainda nossas reflexões inusitadas e com um toque bizarro de surrealidade, ou a ocupação que nos consome e nos delicia; podem ser também aqueles que levamos no ventre físico ou do nosso coração. São muitos os filhos dos partos diários que fazemos e que nos (pré) ocupamos em embalar. Esses partos podem ser fáceis ou podem acontecer mediante fórceps, mas ainda que isolados na condição pessoal de existir, o fato é que parimos um novo dia, a cada dia, a favor ou contra a corrente. Às vezes a existência parece ter uma respiração inexorável. Dos filhos nascidos da união das sementes, houve um tempo em que os considerei a máxima do papel existenci
Pensar? Para que pensar? Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Somos viciados em receber tudo pronto. Pensar? Para que pensar? Se tudo já vem enlatado, deformado em informações programadas. Questionar, para que questionar? Mais fácil ser conduzido pelas ideologias dominantes. Ser massa e rebanho. Para ser aceito pela alienação da maioria. Ligamos a TV e ficamos paralisados vendo todos os mais fantásticos recursos tecnológicos nos ensinando o que devemos ou não fazer. Acreditamos que todo o televisivo é a verdade absoluta. Ser ou não ser. Relatividade. Dúvida. Interrogação. Angústia. Para que vamos complicar a vida? Sombra? Queremos apenas a perfeição. Acreditamos que a vida é apenas isto. O que os outros nos dizem que deve ser e é, passa a ser o dogma estabelecido. O ‘pode ser’ ou ‘não ser’ não tem lugar no nosso dicionário diário. Gente maluca estes tais filósofos. Complicam a vida. Andam na contra mão e questionam tudo. Nada respondem,
Viajar... Olympia Filósofa Clínica São João del Rei/MG Banho de poeira Sacolejar Despertar a menina Alma tagarelar Degustar Água Benta Berço do Rio São Francisco
Ser ou Não Ser Beto Colombo Filósofo Clínico. Coordenador da Filosofia Clínica na UNESC. Empresário. Criciúma/SC Questões existenciais, quem não as tem? Pois é, talvez, quem sente é quem sabe. A frase “ser ou não ser eis a questão”, originária da peça A Tragédia de Hamlet – Príncipe da Dinamarca, de William Shakespeare, é uma prova inconteste que as questões existenciais estão aí, há séculos. A cena que sempre me vem a mente é Hamlet, o personagem principal, com uma caveira na mão questionando se vale a pena continuar vivendo e sofrendo ou tirar-lhe a própria vida. No início do ato III, cena I, Hamlet declama: “Será mais nobre sofrer na alma pedradas e flechadas do destino feroz ou pegar em armas contra o mar de angústias e combatendo-o, dar-lhe fim?” Shakespeare, ao escolher tal frase, “ser ou não ser eis a questão”, talvez não imaginasse tantas interpretações dessa frase longe daquele contexto. A frase pode ser entendida como uma alegoria qualquer “faço isso ou não faç

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