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Cegueira Beto Colombo, Empresário, Filósofo Clínico, Escritor Criciúma/SC Queridos leitores, hoje vamos comentar sobre cegueira. Falando em cegueira, duas ideias me vêm à mente: a primeira é o livro do escritor português José Saramago, intitulado “Ensaio sobre a Cegueira”. Este livro, inclusive transformou-se num impactante filme dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles – uma boa dica para o próximo fim de semana. A segunda ideia que me vem à mente é um livro um pouco mais velho, a bíblia. Nela lemos que Jesus cuspiu no chão, fez uma bola de barro, colocou nos olhos, depois tirou, e ele voltou a enxergar. Se levarmos ao pé da letra, Jesus apenas abriu os olhos de uma pessoa que não via a luz, porém, a verdade pode ser também que Jesus, na realidade, estava falando da Síndrome da Caverna. Em sua obra República, Platão utilizou-se da alegoria de uma caverna para mostrar que o conhecimento consiste em o ser humano ficar livre das correntes que o condena a ignorância. “O s
Autogenia Jane Difini Kopzinski Filósofa Clínica, Fisioterapeuta e Quiropraxista Porto Alegre/RS Um pássaro Seguindo um rumo Voando em círculos Escolhendo a melhor brisa Voltando a rota Sentindo o vento Pousando Batendo as asas Novos ventos Outra brisa Nova rota Novos rumos Um novo pássaro Outro pouso
Filosofia Clínica e os rótulos Bruno Packter Filósofo Clínico Florianópolis/SC Os Papéis Existenciais são rótulos em Filosofia Clínica. Segundo Lúcio Packter, o tópico estrutural XXII – Papel Existencial diz respeito aos rótulos, aquilo que a pessoa utiliza como princípio de identificação, mas, em alguns casos, esta identificação pode ser uma roupagem. Como podemos identificar um Papel Existencial? Na historicidade da pessoa aparecem os Papéis Existenciais ou rótulos por nomeação direta, como: “eu sou filho”, “ eu sou pai”, “eu sou terapeuta” e assim por diante. Esta pessoa está dando um parecer sobre uma roupagem existencial com a qual se apresenta em diferentes âmbitos da existência dela. A própria pessoa é quem confere nomes ao Papel Existencial. Ele é atribuído por ela mesma, muitas vezes, para cada circunstância de sua vida. Compete à própria pessoa assumir e ter isso para com ela como um Papel Existencial ou não. É possível um Papel Existencial fazer parte
Fragmentos filosóficos delirantes LXIV* "Os fios elétricos estendidos por onde o frio reina Ao norte de toda música. O sol branco treina correndo solitário para a montanha azul da morte. Temos que viver com a relva pequena e o riso dos porões" *Tomas Tranströmer Poeta Sueco Prêmio nobel de Literatura 2011
Com as palavras Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Com as palavras vamos tecendo o tempo, Construíndo afetos, destruíndo mitos, Ascendendo consciências, fazendo revoluções. A poética dos desejos, faltas traçadas nos vazios, Compostas nas fronteiras do existir enigmático Entre o nascer e entardecer, nas entrelinhas Das noites de nossas almas, Rasgam páginas da história, Que nos desafiam a viver as dores E as alegrias de ser em acão contínua. Com as palavras desbravamos acontecências, Pontuamos acontecimentos, Interrogamos injustiças, Exclamamos atenção, Agradecemos solidariedade, Quebramos fronteiras desumanas. Com palavras podemos revolucionar, Construíndo laços para ação efetiva, Tecendo esperanças, criando possibilidades Infinitas de mudar sempre. Com as palavras bem ditas, Distribuímos o pão da vida. Com as palavras mal ditas Destruímos sem dó. Urge pensarmos antes de falar Ou simplesmente trazer as palavras Do fu
Terapia é... Letícia Porto Alegre Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Terapia é um espaço, com uma terra fértil, que ajuda a desabrochar as mais lindas flores. Ao desabrochar se descobre espinhos, folhas mortas e até galhos tortos. Detalhes que compõe uma flor única. Mas são apenas partes que constituem o todo da flor. Terapia é significar, é resignificar, é dançar entre as linguagens que formam o mundo de cada um. É descobrir para onde as tuas asas podem te levar, ou melhor ainda, é poder escolher para onde deseja que tuas asas te levem. Terapia é contato com as suas verdades, é poder brincar com essas verdades e, quiçá, descobrir que o que existe é apenas um espaço infinito de possibilidades de verdades. Terapia é descobrir que você faz parte de um todo, mas também é autônomo e tem as suas próprias escolhas. Fazer terapia é escolher para si mesmo despreender-se das grades de uma prisão, é poder se colocar sem se defender das mesmas e de se mudar para
E o que dizer da saudade... Luana Tavares Filósofa Clínica Niterói/RJ Às vezes, ao deslocarmos olhares em direções confusas e imprecisas, que mal distinguimos, podemos sentir vazios que, por estranhos e cruéis, perpassam emoções impregnadas de conflitos. Estes vazios justificam angústias e antecipam ausências; eles abatem, drenam forças e podem nos lançar em labirintos cujo fio se desfaz a cada intenção de fuga. Arrebatam a alma, desafiam a dor e obrigam a recomeços não previstos, e nem mesmo permitidos, de onde questionamos as possibilidades de sobrevivência. Nesses instantes, as dúvidas se revestem de uma irritante prepotência e insistem em fazer (re)visitas que não podemos receber. Não estamos preparados. A imposição deste novo momento não vem acompanhada de sorrisos e atitudes adequados, nem do chá com bolinhos. Pasteurizar a alma não é próprio de sentimentos sinceros, simplesmente porque não é possível fingir ou transferir ilusões. O que dizer da saudade? Talvez, apenas
Fragmentos filosóficos delirantes LXIII* Crônica do Amor* Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? En
O tempo que resta Sandra Veroneze Jornalista e Filósofa Clínica Porto Alegre/RS “O tempo que resta” é um dos últimos filmes a que assisti. É francês e mostra os meses finais de vida de um jovem fotógrafo que descobre sofrer de um tipo de câncer já em processo de metástase. O filme é sensível, triste e tem aquele tempo e tom especialíssimos que só os europeus sabem imprimir nas produções cinematográficas. Em alguma medida, ‘O tempo que resta” lembra outro filme: “O poder além da vida”. Este fala também de um jovem que precisa encarar a morte ou a vida depois de sofrer um acidente de trânsito enquanto se prepara para participar das olimpíadas. Com os movimentos limitados, se vê obrigado a deixar para trás a vida de noitadas, mulheres e bebidas, contando com o auxílio e inspiração de um senhor que o jovem apelida de “Sócrates”. A diferença das duas obras é que, no primeiro caso, o personagem principal desiste de viver e, no segundo, a tragédia serve como divisor de águas na tra

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