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A beleza da dor que se dói Sandra Veroneze Jornalista e Filósofa Clínica Porto Alegre/RS É bem verdade que a dor constitui veículo de consciência. A partir dela, revisamos conceitos, comportamentos, e temos a oportunidade de nos lapidarmos como seres humanos melhores – seja lá o que isso signifique para cada um. A dor como veículo de beleza é tema sobre o qual tenho me debruçado mais recentemente, após assistir à entrevista com o transexual Lea T no Gabi Gabriela. A primeira vez que tive contato com o assunto ‘transexualidade’ de forma séria e científica foi durante a graduação, quando li um livro de cases. Curiosamente, talvez pela simpatia que guardo pela fluidez de gêneros, a mim é mais fácil compreender a existência de um cérebro masculino em um corpo feminino, e vice-versa, do que a depressão, por exemplo. Na entrevista, Lea T fala de sua trajetória, sobre as expectativas para a realização da cirurgia, recheando as entrelinhas com uma dor que, de tão funda, chega a s
Comunicado e convite: Devido ao feriado de 12 de outubro, nosso Encontro de Filosofia Clínica e Educação ocorrerá no dia 20, quinta-feira, 19:30, discutindo a temática: Thomas Kuhn e os paradigmas em educação, com coordenação do Filósofo Clínico César Mendes da Costa. Tema: Thomas Kuhn e os paradigmas em educação. A produção filosófica de Kuhn teve início em seu trabalho docente. Enquanto preparava as aulas para um curso sobre filosofia aristotélica, ele percebeu que existia uma diferença entre Aristóteles e Newton, no que se refere à concepção de movimento. Aprofundando sua pesquisa, desenvolveu o conceito de incomensurabilidade para demonstrar que uma concepção não conduz a outra, mas, ao contrário, há descontinuidade histórica entre elas, demarcando a constituição de um paradigma. Sendo um paradigma, segundo ele, aquilo que os membros de uma comunidade científica compartilham, podemos afirmar que professores atuam segundo um paradigma educacional? Caso afirmativo, qual o
Cegueira Beto Colombo, Empresário, Filósofo Clínico, Escritor Criciúma/SC Queridos leitores, hoje vamos comentar sobre cegueira. Falando em cegueira, duas ideias me vêm à mente: a primeira é o livro do escritor português José Saramago, intitulado “Ensaio sobre a Cegueira”. Este livro, inclusive transformou-se num impactante filme dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles – uma boa dica para o próximo fim de semana. A segunda ideia que me vem à mente é um livro um pouco mais velho, a bíblia. Nela lemos que Jesus cuspiu no chão, fez uma bola de barro, colocou nos olhos, depois tirou, e ele voltou a enxergar. Se levarmos ao pé da letra, Jesus apenas abriu os olhos de uma pessoa que não via a luz, porém, a verdade pode ser também que Jesus, na realidade, estava falando da Síndrome da Caverna. Em sua obra República, Platão utilizou-se da alegoria de uma caverna para mostrar que o conhecimento consiste em o ser humano ficar livre das correntes que o condena a ignorância. “O s
Autogenia Jane Difini Kopzinski Filósofa Clínica, Fisioterapeuta e Quiropraxista Porto Alegre/RS Um pássaro Seguindo um rumo Voando em círculos Escolhendo a melhor brisa Voltando a rota Sentindo o vento Pousando Batendo as asas Novos ventos Outra brisa Nova rota Novos rumos Um novo pássaro Outro pouso
Filosofia Clínica e os rótulos Bruno Packter Filósofo Clínico Florianópolis/SC Os Papéis Existenciais são rótulos em Filosofia Clínica. Segundo Lúcio Packter, o tópico estrutural XXII – Papel Existencial diz respeito aos rótulos, aquilo que a pessoa utiliza como princípio de identificação, mas, em alguns casos, esta identificação pode ser uma roupagem. Como podemos identificar um Papel Existencial? Na historicidade da pessoa aparecem os Papéis Existenciais ou rótulos por nomeação direta, como: “eu sou filho”, “ eu sou pai”, “eu sou terapeuta” e assim por diante. Esta pessoa está dando um parecer sobre uma roupagem existencial com a qual se apresenta em diferentes âmbitos da existência dela. A própria pessoa é quem confere nomes ao Papel Existencial. Ele é atribuído por ela mesma, muitas vezes, para cada circunstância de sua vida. Compete à própria pessoa assumir e ter isso para com ela como um Papel Existencial ou não. É possível um Papel Existencial fazer parte
Fragmentos filosóficos delirantes LXIV* "Os fios elétricos estendidos por onde o frio reina Ao norte de toda música. O sol branco treina correndo solitário para a montanha azul da morte. Temos que viver com a relva pequena e o riso dos porões" *Tomas Tranströmer Poeta Sueco Prêmio nobel de Literatura 2011
Com as palavras Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Com as palavras vamos tecendo o tempo, Construíndo afetos, destruíndo mitos, Ascendendo consciências, fazendo revoluções. A poética dos desejos, faltas traçadas nos vazios, Compostas nas fronteiras do existir enigmático Entre o nascer e entardecer, nas entrelinhas Das noites de nossas almas, Rasgam páginas da história, Que nos desafiam a viver as dores E as alegrias de ser em acão contínua. Com as palavras desbravamos acontecências, Pontuamos acontecimentos, Interrogamos injustiças, Exclamamos atenção, Agradecemos solidariedade, Quebramos fronteiras desumanas. Com palavras podemos revolucionar, Construíndo laços para ação efetiva, Tecendo esperanças, criando possibilidades Infinitas de mudar sempre. Com as palavras bem ditas, Distribuímos o pão da vida. Com as palavras mal ditas Destruímos sem dó. Urge pensarmos antes de falar Ou simplesmente trazer as palavras Do fu
Terapia é... Letícia Porto Alegre Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Terapia é um espaço, com uma terra fértil, que ajuda a desabrochar as mais lindas flores. Ao desabrochar se descobre espinhos, folhas mortas e até galhos tortos. Detalhes que compõe uma flor única. Mas são apenas partes que constituem o todo da flor. Terapia é significar, é resignificar, é dançar entre as linguagens que formam o mundo de cada um. É descobrir para onde as tuas asas podem te levar, ou melhor ainda, é poder escolher para onde deseja que tuas asas te levem. Terapia é contato com as suas verdades, é poder brincar com essas verdades e, quiçá, descobrir que o que existe é apenas um espaço infinito de possibilidades de verdades. Terapia é descobrir que você faz parte de um todo, mas também é autônomo e tem as suas próprias escolhas. Fazer terapia é escolher para si mesmo despreender-se das grades de uma prisão, é poder se colocar sem se defender das mesmas e de se mudar para

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