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Sobre como andar de elevador Will Goya Filósofo Clínico Goiânia/GO Silêncio de elevador, ao lado de estranhos. Por dentro não sei o quê, Todos os pensamentos substituídos pela contagem dos andares, Alívio que me impede ter que olhar outros olhos e dizer alguma coisa. Dizer o quê? Um relógio de números, sem ponteiros, sem palavras, E o tempo sem envelhecer. Tudo paralisado, menos o elevador. Nos elevadores a vida tem segundos. Mas o que são vinte segundos de vida, a pensar? Sei olhar as horas, mas não sei o que é o tempo. Os que têm relógio controlam o tempo? Se vivesse minha existência num elevador... Eu teria a vida de um filósofo. Tudo é mais fácil quando há espelhos sem testemunhas. Vaidades de camarim. Vontade de não mexer os braços... E se por acaso eu me encostasse em alguém? O que eu teria que pensar? O que sentir numa hora dessas? – Meu Deus!! São muito engraçados o congelamento e o constrangimento existenciais das pessoas durante uma “viagem” d
A depressão de Gilma Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Uma sugestão às farmácias: vender depressivos, angustiantes, hesitantes. Prestei atendimentos, certa ocasião, a uma mulher que durante anos padeceu de um marido distante e de um trabalho no qual se sentia humilhada. Procurou terapia, exercícios respiratórios e passou a praticar uma curiosa meditação na qual inspirava e expirava proferindo obscenidades. Isso a auxiliou a manter a infelicidade em dia. Foi quando uma “depressão”, conforme ela chamava o que houve, lhe deu a oportunidade de romper com o marido e com o trabalho simultaneamente. A depressão foi o melhor evento em sua vida por muitos anos. No consultório, Gilma dizia que indicava expressamente a depressão como um modo maravilhoso de lidar com muitas questões. Em princípio, a depressão poderia auxiliar a colocar fim a relacionamentos desastrosos, poderia precipitar desempregos que mais tarde seriam insuportáveis, poderia ser um freio a uma sociedade qu
Somos outros a cada doze anos Beto Colombo Empresário, Filósofo Clínico, Coordenador da Filosofia Clínica na UNESC Criciuma/SC Como é sábia a natureza. Na verdade, é perfeita, é natural! E como, no geral, somos irracionais em relação a mudanças? Poderíamos aprender também isso com ela. Mesmo tendo consciência que a mudança é necessária, a maioria das pessoas resiste e luta para manter seu status quo, sua rotina, e quando não consegue, fica irritada, aborrecida e muitas vezes adoece. Algumas pessoas sabem que a novidade reduz o tédio, mas no íntimo preferem o passado. Estão acostumadas, custam a deixar a zona de conforto e vivem num eterno tédio. Mudar, teórica ou superficialmente, muitos falam. Mas a mudança que transforma hábitos e rotinas é profundamente perturbadora. Afinal de contas, uma coisa é mudar, outra é transformar; aquela provavelmente fica somente na mente, e esta passa por toda a estrutura do ser, inclusive pelo coração e transforma-se em ação. O ser humano
Podemos mudar de ideia Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Filosofa Clínica, Escritora Juiz de Fora/MG Quem pensa muda de idéia. Quem escuta aprende e se recicla. Não somos donos da verdade. Vida é mutação. A cada encontro uma nova possibilidade. Vastos horizontes. Vir-a-ser. Liberdade de escolher novos caminhos. Desapegos e experimentos. Penso no que você me disse. Duvido. Reflito. Pondero... Êta vida ! Ficar preso as máscaras me escraviza. Fechar num só pensamento limita. Há pluralidade. Há multiplicidade. Há um mundo lá fora acontecendo. Há um mundo lá fora ensinando. Basta abrir os olhos e coração, Para transformar sempre.
Fragmentos filosóficos delirantes LXXXII* "Acho que alguns versos (...) não ocorrem senão em momentos muito raros, quando a musa é generosa" "Quando penso em amigos meus tão caros como Dom Quixote, o sr. Pickwick, o sr. Sherlock Holmes, o dr. Watson (...) (não estou certo se tenho muito mais amigos), sinto que as pessoas que escreveram suas histórias estavam 'contando história', mas que as aventuras elaboradas eram espelhos, adjetivos ou atributos daquelas pessoas" "Há versos é claro, que são belos e sem sentido. Porém ainda assim têm um sentido - não para a razão, mas para a imaginação" "O crítico austríaco Hanslick escreveu que a música é o idioma que podemos usar, que podemos entender, mas que somos incapazes de traduzir" "Os homens buscaram parentesco com os derrotados troianos, e não com os vitoriosos gregos. Isso talvez porque haja uma dignidade na derrota que dificilmente faz parte da vitória" "O filósof

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