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Coisas simples encantam a alma Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Escritora, Filosofa Clínica Juiz de Fora/MG Estou convidando você a parar um pouquinho. Olhar seu entorno E ver...sentir...perceber. Há vida pulsando em tudo. Átomos em movimento. Coração, em sístole e diástole, no ritmo da terra, Tocando seu tambor. Na complexidade existencial a simplicidade no foco. Instante de suprema atenção. Figura no fundo vasto e intenso. Ponto de encontro. Um ponto apenas. A diferença. Entrega. Rendiçåo - rendenção. Para quem vê e ouve nesta pausa. A revelação. As coisas simples encantam a alma. Músicas e cores dançam a celebrar a vida. A poética do existir perpassa todo o corpo. O nada se faz tudo. Benção dos deuses. Sem bem, sem mal. O que é apenas é no vir-a-ser. A razão pura, intuição, faz brotar O lótus da criatividade suprema. Inspiração. Respiração. É vida!
Em cima da hora! Um super abraço aos colegas que embarcaram ontem a tarde de São Paulo em direção à Universidade Hebraica em Israel. Terão pela frente uma jornada de estudos, celebração de parcerias, confraternização com a cultura local. Que os bons ventos ofereçam saber, sabor e harmonia ao querido grupo de Filósofos Clínicos, coordenados por Lúcio Packter. Coordenação.
Alfin, o fantasma Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Alfin notou que Samary o chamava eventualmente de Velles quando muitos meses depois de se conhecerem ela o chamou de “... não diga assim, Velles” – em frente a um amigo em comum. O amigo em comum conhecera Velles, ex marido de Samary, e comentou, com ar afetadamente informal com Alfin enquanto Samary atendia a uma breve chamada no celular. Alfin achou curioso e passou a reparar na frequência com que Samary o chamava de Velles. Estes reparos se somaram a outras observações como “... tu nunca me ouves” – logo ele que se caracterizava entre as pessoas por ser um compadecido ouvinte. E “... tu sempre me colocas para baixo, nunca me apoias”, expressões sinônimas de “...estás sempre me criticando”. Alfin começou um processo de perguntas a Samary. As respostas de Samary eram somente confirmações para as perguntas. - Samary, eu sempre te critico? - Sempre... ontem quando comprei aquele sapatinho baixo me perguntaste po
Singularidade Beto Colombo Empresário, Filósofo Clínico, Coordenador da Filosofia Clínica na UNESC Criciúma/SC Recebi um e-mail de um amigo empresário depois da aula sobre Filosofia Clínica nas Organizações. Nessa aula, estudamos Schopenhauer, principalmente na parte de seus escritos, quando ele nos diz que o mundo é a nossa representação: “O mundo é a minha representação (...) tudo que existe, existe para o pensamento, isto é, o universo inteiro apenas é objeto em relação a um sujeito, percepção apenas, em relação a um espírito que percebe numa palavra, é a representação”. Sendo assim, existem tantas representações de mundo quanto pessoas existem sobre a Terra. “Como vou me posicionar diante de um ponto problemático como esse em minha empresa?” – perguntou o empresário. Veja só, disse-me ele: “Eu tenho uma visão de mundo que não é a mesma visão de meu diretor, que por sua vez tem uma visão diferente de seus subordinados, que por sua vez tem visões diferentes entre si, sen
Divagações I Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Juiz de Fora/MG O mito, tanto quanto qualquer construção referencial humana pode ser desfeito, destruído ou reelaborado pelo homem que o criou. Nenhum constructo humano cuja finalidade é compreender ou dar sentido à natureza ou ao cosmos, pode ser considerado absoluto. A experiência e os fatos demonstram que toda afirmação humana elevada à absolutização, tomando caráter dogmático – não somente no sentido religioso, mas político, social, cultural, etc. – acabou por tornar-se opressiva, agressiva ou punitiva para os que não comungaram da afirmação proposta. Os inovadores tenderam a ser massacrados pela massa que já haviam aceitado, por convenção, afirmações que um dia foram novas e agora tornaram-se “verdades”. Tudo o que o homem tem como referencial a partir do qual todas as suas ideias são desenvolvidas vem por meio dos sentidos. No primeiro momento, os sentidos fornecem as primeiras impressões e, com o tempo, desde as primeir
Fragmentos filosóficos delirantes XC* "Não-coisa O que o poeta quer dizer no discurso não cabe e se o diz é pra saber o que ainda não sabe. Uma fruta uma flor um odor que relume... Como dizer o sabor, seu clarão seu perfume? Como enfim traduzir na lógica do ouvido o que na coisa é coisa e que não tem sentido? A linguagem dispõe de conceitos, de nomes mas o gosto da fruta só o sabes se a comes só o sabes no corpo o sabor que assimilas e que na boca é festa de saliva e papilas invadindo-te inteiro tal do mar o marulho e que a fala submerge e reduz a um barulho, um tumulto de vozes de gozos, de espasmos, vertiginoso e pleno como são os orgasmos No entanto, o poeta desafia o impossível e tenta no poema dizer o indizível: subverte a sintaxe implode a fala, ousa incutir na linguagem densidade de coisa sem permitir, porém, que perca a transparência já que a coisa ë fechada à humana consciência. O que o poeta faz mais do que mencioná-
PARECE FICÇÃO CIENTÍFICA, MAS NÃO É. INFELIZMENTE. Ildo Meyer Médico, Filósofo Clínico, Escritor Porto Alegre/RS Dizem que médicos não são bons administradores. Sabem tratar de pacientes e doenças, mas quando precisam negociar honorários, tabelas, vencimentos, pacotes hospitalares deixam muito a desejar. Existem exceções, mas em regra, médicos preocupam-se muito mais com a saúde dos pacientes do que com os custos para mantê-la. O risco deste comportamento é que a gestão da saúde, se não for muito bem controlada, pode ser deficitária. A profissionalização da administração, com o intuito de viabilizar o sistema, foi uma exigência quase que formal, porém esbarrou em um problema de sensibilidade. Produtos podem ser gerenciados de maneira fria e matemática, pacientes não. Médicos não conseguem e não podem trabalhar sem envolvimento emocional, compaixão pelo sofrimento e obstinação pela cura. Imagine como seria se algumas m
De que tamanho somos?* De olhos vendados mergulhamos Sem noção de porvires Sem absolutamente nada a respaldar o horizonte Nada que se defina, nada que transpareça Só a linha que se desdobra incansavelmente A nos esperar e a resguardar o infinito Que se retrai indeciso Rumo ao vazio distante e desafiador da imensidão à frente Luana Tavares Ainda que vislumbrássemos o infinito, interna e externamente, qual seria o sentido de tudo? Onde poderíamos estar ou até onde chegaríamos? Quais seriam as probabilidades de reconhecermos o que realmente somos? E qual a dimensão racional que nos conduziria de volta? A probabilidade de haver respostas é mínima, não haveria como dar conta da dança que continuamente nos embala, no sono da imprevisibilidade, e que nos conduz ao eterno, não importando a forma como este seja concebido. Será que entenderíamos a dimensão do improvável? Ou será que alcançá-la não pertence à realidade, mas somente aos sonhos? Talvez apenas não sejamos solitári
Sobre o amor Pe Flavio Sobreiro Filósofo Clínico, Poeta Cambuí/MG Quem poderá explicar a sua origem? Filósofos, teólogos, psicólogos e curiosos tentam dar uma razão ao sentido dele existir. Poetas da alma procuram respostas. Alguns dizem que ele vem sem esperar. Outros que ele nasce aos poucos. Uns dizem que ele surge de um lindo olhar. Outros que falam que o conheceram através de um sorriso. Buscar razões para a sua existência talvez seja percorrer uma estrada sem fim. Onde cada curva revela-nos os mais belos horizontes ainda não conhecidos. Ele é assim: uma surpresa a cada novo momento. Semelhante as flores que desabrocham e exalam o seu mais suave perfume. Mario Quintana sabia que se morresse deste mal ainda continuaria vivendo: “Tão bom morrer de amor e continuar vivendo” O amor é como uma noite de estrelas iluminando a infinitude de nossa alma. Compreende-lo é romper com o mistério que o torna único. Suas razões são tão variadas como as flores de um jardim. Porém de uma

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