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Primeiros outonos Pe. Flávio Sobreiro Poeta, Filósofo Clínico Cambuí/MG Aprendizados nascem de experiências de antigos passados e novas esperanças sempre assim uma lágrima que brota da dor e muitas saudades sem nome de despedidas que anunciam o regresso daquilo que em nós sempre esteve guardado nos jardins de nossa alma saudade é flor que desabrochou e se perdeu em outras tantas no mistério que somos o singular dos múltiplos plurais que habitam meu ser perdem-se em mundos de outras dores e em sorrisos de novos tempos viver talvez seja isso fazer de cada outono a despedida de processos que cumpriram seu papel e esperam as possibilidades de novas estações que anunciam as alegrias de sementes que serão frutos de um novo tempo que vai chegar
Coisas simples encantam a alma Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Escritora, Filosofa Clínica Juiz de Fora/MG Estou convidando você a parar um pouquinho. Olhar seu entorno E ver...sentir...perceber. Há vida pulsando em tudo. Átomos em movimento. Coração, em sístole e diástole, no ritmo da terra, Tocando seu tambor. Na complexidade existencial a simplicidade no foco. Instante de suprema atenção. Figura no fundo vasto e intenso. Ponto de encontro. Um ponto apenas. A diferença. Entrega. Rendiçåo - rendenção. Para quem vê e ouve nesta pausa. A revelação. As coisas simples encantam a alma. Músicas e cores dançam a celebrar a vida. A poética do existir perpassa todo o corpo. O nada se faz tudo. Benção dos deuses. Sem bem, sem mal. O que é apenas é no vir-a-ser. A razão pura, intuição, faz brotar O lótus da criatividade suprema. Inspiração. Respiração. É vida!
Em cima da hora! Um super abraço aos colegas que embarcaram ontem a tarde de São Paulo em direção à Universidade Hebraica em Israel. Terão pela frente uma jornada de estudos, celebração de parcerias, confraternização com a cultura local. Que os bons ventos ofereçam saber, sabor e harmonia ao querido grupo de Filósofos Clínicos, coordenados por Lúcio Packter. Coordenação.
Alfin, o fantasma Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Alfin notou que Samary o chamava eventualmente de Velles quando muitos meses depois de se conhecerem ela o chamou de “... não diga assim, Velles” – em frente a um amigo em comum. O amigo em comum conhecera Velles, ex marido de Samary, e comentou, com ar afetadamente informal com Alfin enquanto Samary atendia a uma breve chamada no celular. Alfin achou curioso e passou a reparar na frequência com que Samary o chamava de Velles. Estes reparos se somaram a outras observações como “... tu nunca me ouves” – logo ele que se caracterizava entre as pessoas por ser um compadecido ouvinte. E “... tu sempre me colocas para baixo, nunca me apoias”, expressões sinônimas de “...estás sempre me criticando”. Alfin começou um processo de perguntas a Samary. As respostas de Samary eram somente confirmações para as perguntas. - Samary, eu sempre te critico? - Sempre... ontem quando comprei aquele sapatinho baixo me perguntaste po
Singularidade Beto Colombo Empresário, Filósofo Clínico, Coordenador da Filosofia Clínica na UNESC Criciúma/SC Recebi um e-mail de um amigo empresário depois da aula sobre Filosofia Clínica nas Organizações. Nessa aula, estudamos Schopenhauer, principalmente na parte de seus escritos, quando ele nos diz que o mundo é a nossa representação: “O mundo é a minha representação (...) tudo que existe, existe para o pensamento, isto é, o universo inteiro apenas é objeto em relação a um sujeito, percepção apenas, em relação a um espírito que percebe numa palavra, é a representação”. Sendo assim, existem tantas representações de mundo quanto pessoas existem sobre a Terra. “Como vou me posicionar diante de um ponto problemático como esse em minha empresa?” – perguntou o empresário. Veja só, disse-me ele: “Eu tenho uma visão de mundo que não é a mesma visão de meu diretor, que por sua vez tem uma visão diferente de seus subordinados, que por sua vez tem visões diferentes entre si, sen
Divagações I Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Juiz de Fora/MG O mito, tanto quanto qualquer construção referencial humana pode ser desfeito, destruído ou reelaborado pelo homem que o criou. Nenhum constructo humano cuja finalidade é compreender ou dar sentido à natureza ou ao cosmos, pode ser considerado absoluto. A experiência e os fatos demonstram que toda afirmação humana elevada à absolutização, tomando caráter dogmático – não somente no sentido religioso, mas político, social, cultural, etc. – acabou por tornar-se opressiva, agressiva ou punitiva para os que não comungaram da afirmação proposta. Os inovadores tenderam a ser massacrados pela massa que já haviam aceitado, por convenção, afirmações que um dia foram novas e agora tornaram-se “verdades”. Tudo o que o homem tem como referencial a partir do qual todas as suas ideias são desenvolvidas vem por meio dos sentidos. No primeiro momento, os sentidos fornecem as primeiras impressões e, com o tempo, desde as primeir
Fragmentos filosóficos delirantes XC* "Não-coisa O que o poeta quer dizer no discurso não cabe e se o diz é pra saber o que ainda não sabe. Uma fruta uma flor um odor que relume... Como dizer o sabor, seu clarão seu perfume? Como enfim traduzir na lógica do ouvido o que na coisa é coisa e que não tem sentido? A linguagem dispõe de conceitos, de nomes mas o gosto da fruta só o sabes se a comes só o sabes no corpo o sabor que assimilas e que na boca é festa de saliva e papilas invadindo-te inteiro tal do mar o marulho e que a fala submerge e reduz a um barulho, um tumulto de vozes de gozos, de espasmos, vertiginoso e pleno como são os orgasmos No entanto, o poeta desafia o impossível e tenta no poema dizer o indizível: subverte a sintaxe implode a fala, ousa incutir na linguagem densidade de coisa sem permitir, porém, que perca a transparência já que a coisa ë fechada à humana consciência. O que o poeta faz mais do que mencioná-
PARECE FICÇÃO CIENTÍFICA, MAS NÃO É. INFELIZMENTE. Ildo Meyer Médico, Filósofo Clínico, Escritor Porto Alegre/RS Dizem que médicos não são bons administradores. Sabem tratar de pacientes e doenças, mas quando precisam negociar honorários, tabelas, vencimentos, pacotes hospitalares deixam muito a desejar. Existem exceções, mas em regra, médicos preocupam-se muito mais com a saúde dos pacientes do que com os custos para mantê-la. O risco deste comportamento é que a gestão da saúde, se não for muito bem controlada, pode ser deficitária. A profissionalização da administração, com o intuito de viabilizar o sistema, foi uma exigência quase que formal, porém esbarrou em um problema de sensibilidade. Produtos podem ser gerenciados de maneira fria e matemática, pacientes não. Médicos não conseguem e não podem trabalhar sem envolvimento emocional, compaixão pelo sofrimento e obstinação pela cura. Imagine como seria se algumas m

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