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A VERDADEIRA NUDEZ Ildo Meyer Médico, Filósofo Clínico, Escritor Porto Alegre/RS Alguns leitores perguntam como acontecem tantas coisas em minha vida, como tenho tantas histórias para contar. Na verdade só consigo captar e contar uma parte muito pequena do que está acontecendo, o resto passa despercebido. Mesmo assim, esforço-me para tentar não ser um simples assistente ou personagem do enredo que me cerca. Pequenas rotinas, comportamentos robotizados, teses definitivas causam-me espanto. Costumo querer saber por que, como, onde, quando se originaram regras, conceitos, relacionamentos, religiões, paradigmas. Acredito em vias alternativas e fico atento ao lado B dos acontecimentos, aquilo que não é percebido se não houver sensibilidade, curiosidade, treinamento e vontade de olhar em outras direções. É por estes caminhos que surgem novas histórias e por onde podemos atuar pró - ativamente por um mundo melhor. Um famoso mestre zen budista havia sido convidado para uma fes
Divagações III Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Juiz de Fora/MG Depois de alguns dias com essa divagação escrita, me deparei com um fragmento a partir de uma leitura aleatória de Nietzsche e achei pertinente expô-lo como abertura ao texto. Entretanto, que seja reconhecido como trecho introdutório à divagação e não como fio condutor das reflexões desenvolvidas. “Há, frequentemente, uma espécie de humildade estúpida que quando nos afeta, nos torna para sempre impróprios para as disciplinas do conhecimento. Pois, no momento em que o homem que a transporta descobre uma coisa que o choca, dá meia volta, e diz consigo: ‘Enganaste-te! Onde é que estavas com a cabeça? Isso não pode ser verdade!’. E, ao invés de examinar mais de perto e de ouvir com mais atenção, desata a fugir, como que intimidade, da coisa diferente, e evita encontrar aquilo que o choca e procura esquecê-lo o mais depressa possível. Pois a sua lei interior, diz: ‘Não quero ver nada que contrarie a opinião corr
Mulheres super poderosas Débora Perroni Professora de Filosofia, estudante de Filosofia Clínica Porto Alegre/RS Hoje enquanto estava lavando a louça (isso também pode ser terapêutico), me dei conta do quanto é difícil ser uma mulher independente, livre, bem decidida, bem articulada, enfim contemporânea! Hoje, eu entendo uma série de relatos de grandes mulheres que afirmam ter problemas em relacionamentos amorosos, realmente não é fácil. Parece-me que os homens têm certo receio (pra não dizer medo), de uma mulher que parece ser tão auto-suficiente, que transmita uma imagem de que não necessite da sua presença. Talvez, se eu fosse homem, também escolheria uma mulherzinha mais meiga, carente, frágil, doce, que eu pudesse dominar e não me sentir inseguro ao seu lado. Por outro lado, me sentiria um machista com a idéia de um homem provedor, o que, enquanto mulher não acho ruim. Não posso negar que temos culpa no cartório, realmente, companheiras do século XXI, por vezes, nos es
Multiplicidades Pe. Flávio Sobreiro Poeta, Filósofo Clínico Cambuí/MG Nem todas as manhãs de sol são lindas, e nem todas as noites sem luar são tenebrosas. Olhar a vida sempre de diferentes pontos de vista é o caminho para quem deseja ir além do que possa parecer normal. Em tempos de normalidade, quem pensa diferente condena-se a uma perseguição preconceituosa. De normais o mundo está cheio! Mas o que é normal? No mundo dos conceitos e definições muitas poderiam ser as respostas. Mas no mundo da alma humana as definições são simplesmente uma maneira camuflada de dar uma resposta ao que ainda não tem nome. Anormal é sempre um modo de definirmos aquilo que não compreendemos. Diante de alguém que desenha rabiscos sem sentido (o que já é uma definição de anormalidade definida antecipadamente por quem escreve), muitos podem pensar que o incompreensível é uma definição de que tal pessoa precise de um acompanhamento terapêutico. Muitos foram parar em consultórios terapêuticos por
VINHO E MOINHOS Vânia Dantas Filosofa Clínica Uberlândia – MG Talvez a comunicação com as pessoas ‘diferentes’ seja mais possível pela emoção. Talvez nessa troca nos entendamos, tendo a razão recolhida. Mas como dizer isso para quem define a melhor forma da vida ser vivida, ou seja, através da racionalidade? A própria existência nos ensina a ser, na figura das pessoas e situações encontradas. Assim se percebe que há caminhos para uns e para outros. Com essa emoção me lembro dos delírios que observo no mundo, no caos da Terra e no das imagens mentais. Música, vinho e fantasia. Os moinhos de vento ruflam no meio do mar escuro. Altos, muito altos, construídos de tijolos antigos, querem tirar sal da água, água do sal. Os moinhos se vão com o redemoinho, sobem com o vento como num clipe de Pink Floyd. Esse mar, que é um copo de vinho, vinho amargo pela dor ou prazer adocicado de enjoar. Esse corpo de vinho que se liquefaz no chão já não se agüenta de saudade e não sabe mais com
Penúltimas notícias! Filósofa Clínica ministra palestra em Sorocaba/SP na quarta! Ipanema Online A Associação “MOSAICO” promove na próxima quarta-feira (11), a palestra “Filosofia Clínica e áreas de atuação”, com Monica Aiub,da Associação Nacional dos Filósofos Clínicos (ANFIC). O evento será realizado no auditório do prédio da reitoria da UNISO, no campus Cidade Universitária, a partir das 9h da manhã. A Universidade é parceira na realização do evento e certificará os participantes. Ao final da palestra haverá um “café e conversações”, que permitirá uma maior interação entre os presentes. “A Filosofia Clinica é um campo de atuação para o Filósofo. Nosso objetivo é criar um grupo de estudos em Sorocaba sobre o tema para que tenhamos, num futuro não muito distante, os cursos de formação para Especialistas e Filósofos Clinicos na cidade”, afima Jô Santos, Presidente da Associação “MOSAICO”. As inscrições, que são gratuitas, devem ser realizadas por email. Basta enviar nome
Esvaziar a Mente Beto Colombo Empresário, Filósofo Clínico, Coordenador da Filosofia Clínica na UNESC Criciúma/SC Querido leitor, que você esteja bem. Hoje vamos refletir um pouco sobre esvaziar a mente. Tenho pensado muito, nos últimos dias, sobre um assunto que a meu ver é interessante e extremamente importante em nossas vidas, na vida de cada um. E o foco do meu pensamento, até bastante prazeroso, é o de se esvaziar. Lembro que fiz o Caminho de Santiago duas vezes e dele tirei uma conclusão que trago até hoje, que é o de esvaziar a mochila, de deixá-la mais leve. Daqui a pouco a mochila está tão pesada que a vida, que é o que deve ser vivida, não pode seguir seu fluxo porque tem muito peso, muitos compromissos, muitas responsabilidades. É comum eu receber solicitações para encontros, para programas, para festas, para reuniões, para trabalho, para sociedade, enfim, como ser humano aberto ao contato com as pessoas, recebo muitos convites. Se eu aceitasse pelo menos metade d

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